Protagonista da sua própria história!

Uma história que começa de forma tradicional, como vários outros contos de fada, mas que surpreende quando nos apresenta sua protagonista, uma menina muito corajosa e dona de várias outras qualidades. Assista “A Princesa Pantaneira”:

Ficha técnica

Filme: A Princesa Pantaneira
Local: Campo Grande, MS, Brasil
Ano: 2012
Duração: 9 minutos
Direção, produção, roteiro, direção de fotografia, edição, pós-produção e coordenação das oficinas: Constantina Xavier Filha (Tina Xavier)
Assistentes de produção e direção: Poliana Mori e Lorena Silva Martins
Cenários: Charlene Silva Martins Selles
Ilustrações: Lorena Silva Martins
Captação de áudio: Jhennifer Ivonne Cardoso Aliaga
Roteiro, desenhos, animação, música e vozes: crianças e adolescentes da Escola Municipal Abel Freire de Aragão

Curiosidades:

O título de “Princesa Pantaneira”, dado à menina Camuela por seus amigos animais, faz referência ao lugar em que ela vive, o Pantanal, que fica na região Centro-Oeste do Brasil. Essa região é formada pelos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mais o Distrito Federal. O Pantanal localiza-se nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul e é um bioma muito rico, com uma fauna e flora muito diversas. Como vimos no curta, no Pantanal podemos encontrar animais como onças, jacarés, araras, tucanos, tuiuiús, além de capivaras, antas, rãs e várias espécies de peixes. 

Também podemos ver no filme alguns alimentos e bebidas típicos dessa região, como a chipa (uma espécie de biscoito de polvilho moldado em formato de ferradura), a sopa paraguaia (que, apesar do nome, é um tipo de bolo de milho salgado), arroz com pequi (fruta tipicamente brasileira, nativa do cerrado), tereré (bebida que tem como base a erva-mate, geralmente preparada em água fria) e a guavira (outra fruta nativa do Brasil, especialmente do Cerrado, também conhecida como guabiroba ou gabiroba). 

O curta faz parte do projeto de extensão e pesquisa “Produção de filme de animação com crianças”, da UFMS, coordenado pela professora Tina Xavier, e nasceu a partir de uma oficina de animação que ela realizou com alunos e alunas do 5º ano da Escola Municipal Abel Freire de Aragão, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Para a produção da animação, foram usadas as técnicas de recorte e de desenho 2D.

Ilustração: Ana Emerich

Para refletir:

Você sabe o que significa protagonista? Essa palavra é usada para indicar o personagem principal de uma narrativa, aquele que está “no centro das atenções” durante a maior parte da história. Pensando nisso, não é estranho de se imaginar que, muitas vezes, esse espaço é ocupado apenas por homens? E que, quando a história tem uma protagonista feminina, com frequência ela precisa ser salva pelos homens? É isso o que acontece em muitos contos de fadas, mas, como podemos acompanhar em “A Princesa Pantaneira”, existem outras possibilidades! Uma garota pode solucionar seus próprios problemas, enfrentar seus medos sozinha ou até ajudar outras pessoas e, quem sabe, com isso ganhar um amigo. Nem sempre o final da história precisa ser romântico e isso também pode ser muito legal, pois podemos nos relacionar com as pessoas de muitas formas. A cada passo que damos na direção de enfrentar os desafios do dia a dia, nos descobrimos mais fortes e corajosos, capazes de coisas incríveis, sejamos nós meninas ou meninos!

Referências:

SILVA, F. A.; XAVIER FILHA, Constantina. As feminilidades no livro As aventuras da Princesa Pantaneira em projetos e ações em instituições educativas de Corumbá/MS. In: IV Congresso de Educação do CPAN. III Semana Integrada Graduação e Pós-Graduação do CPAN. Interfaces da docência: olhares e movimentos da formação inicial de professor, 2019, Corumbá. Anais IV Congresso de Educação do CPAN. III Semana Integrada Graduação e Pós-Graduação do CPAN., 2019. v. 1. p. 1-16. Disponível em: https://docplayer.com.br/197056033-As-feminilidades-no-livro-as-aventuras-da-princesa-pantaneira-em-projetos-e-acoes-em-instituicoes-educativas-de-corumba-ms.html>. Acesso em: jun. 2022.

XAVIER FILHA, Constantina. Produção de filme de animação com e para crianças: os pensamentos podem virar arte. Perspectiva, v. 33, p. 1091-1112, 2015. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/2175-795X.2015v33n3p1091/pdfa>. Acesso em: jun. 2022.

Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Estadual de Ensino/MG, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, professora da Rede Municipal de Educação/BH, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.