Recordar é viver!

Os lugares mudam, as pessoas também, mas é comum que alguma coisa permaneça. Isso acontece com a imagem fotográfica e também com as memórias e com os sentimentos que elas despertam. Quando falamos de fotografia de família, tudo isso pode se tornar uma grande herança; quer saber como? Assista ao curta-metragem “A Câmera de João”:

Para acessar a versão do filme com audiodescrição clique aqui.

Ficha Técnica

Filme: A Câmera de João

Local: Goiânia/Goiás, Brasil

Ano: 2017

Duração: 22 minutos

Direção e roteiro: Tothi Cardoso

Produção: Dafuq Filmes

Direção de fotografia: Larry Sulivan

Montagem e finalização: Maurélio Toscano

Trilha sonora original: Georgia Cynara e Rogério Sobreira

Desenho de som: Thiago Camargo

Direção de Arte e Figurino: Carolina Breviglieri

Produção Executiva: Joelma Paes

Direção de Produção: Luana Otto

Chefe de maquinária: Chico Macedo

Chefe de elétrica: Elinaldo Afonso

Design: Luciana Farias

Distribuição: Flávia Ferreira

Elenco: Lucas Romão, Adilson Maghá, Neusa Borges e Valéria Vieira

Para refletir:

No filme, vimos como os ensinamentos do avô de João e a relação entre os dois ajudam a despertar o encantamento do menino pela fotografia. Se encantar por esse tipo de imagem é algo comum, pois as fotografias costumam registrar momentos importantes da nossa vida, trazendo de volta muitos sentimentos. São fotos de aniversários, de batizados, de formaturas, de viagens, de pessoas queridas…Vários pedacinhos da nossa história representados ficam ali, em uma folhinha de papel.

A fotografia é tão poderosa que muitas vezes tem a capacidade de ajudar a contar não só a história das pessoas representadas nelas, mas também de todo um grupo de pessoas! Um bom exemplo disso são as fotos da exposição Retratistas do Morro, realizada na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, em fevereiro de 2020, e adaptada para o ambiente virtual.  As imagens retratam o cotidiano dos moradores da Comunidade do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, desde a década de 1970.

Ao fotografar os eventos e o dia a dia das pessoas que ali moravam, os fotógrafos profissionais João Mendes e Afonso Pimenta, responsáveis pelas imagens da exposição, contribuem para contar, cada um à sua maneira, a história das pessoas registradas nas fotos, da Comunidade, de si mesmos, pois moravam e ainda moram lá, e de toda a cidade de Belo Horizonte.

Curiosidades: 

Hoje em dia a fotografia tem conquistado cada vez mais espaço na vida das pessoas e se tornado mais acessível. Mas nem sempre foi assim. Antigamente, o processo para se realizar uma fotografia era muito mais demorado e caro. Estamos acostumados a ver as fotos que tiramos no mesmo momento, na própria tela das câmeras digitais ou de celulares, mas você sabia que antes da fotografia digital a espera por ver as fotos tiradas podia levar dias, meses ou até anos, já que era necessário revelá-las em um laboratório?

João tem contato, por meio de seu avô, com diferentes formas de se registrar imagens. Em alguns momentos do curta, o vemos com uma câmera instantânea da marca Polaroid, que permite capturar as imagens e imprimi-las em papel praticamente no mesmo instante. Já em outro momento, o avô de João o ensina a construir uma câmera Pin-Hole, usando uma lata, onde é feito um furo bem pequeno com uma agulha ou prego, pelo qual a luz irá entrar. Para essa técnica é necessário o uso de papel fotográfico, que é um papel especial, sensível à luz. Ou seja, ele deve ser manipulado no escuro, sendo possível usar somente uma luz vermelha, como é mostrado no filme. Vemos também o processo de revelação da foto tirada por João, passando por várias bandejas com diferentes produtos líquidos, responsáveis por revelar e fixar a imagem. Depois a foto, que aparece no negativo, ainda precisa ser lavada e secar no varal.

Fotos: Divulgação

Atividade:

Ao ver o filme, você percebeu as mudanças que alguns lugares fotografados por João e por seu avô sofreram com o passar dos anos? Isso aconteceu lá no filme, mas não precisamos ir muito longe para reparar que, com o tempo, as coisas mudam. Aí mesmo na sua casa deve ter fotografias de lugares ou de pessoas que estão bem diferentes hoje em dia.

Que tal brincarmos um pouco com isso? Procure algumas dessas fotografias e observe com atenção todos os detalhes. No caso de retratos, repare como as pessoas estavam vestidas, como estavam posicionadas no momento da fotografia, quais gestos estavam fazendo, se existem objetos na imagem. Agora se inspire nessas fotos e crie as suas!

Você pode tentar usar objetos semelhantes, variar as combinações de roupas, imitar os gestos, chamar as pessoas que aparecem na fotografia para participar, se morarem na mesma casa que você, e muito mais… Aproveite para envolver toda a família nessa divertida brincadeira de fotografar!

Compartilhe suas fotos com a gente publicando nas mídias sociais com as hashtags #educativofcs, #cineminhaonline e também @fcs.palaciodasartes.

Fotos: Divulgação

Referências:

A Câmera de João. Disponível em: <https://www.facebook.com/acameradejoao> Acesso em: ago. 2020

SILVA, Vinícius Remer da. A Câmera de João e a fotografia como resgate do passado. Disponível em: <http://cine61.com.br/2018/06/a-camera-de-joao-e-fotografia-como.html/> Acesso em: ago. 2020

Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Estadual de Ensino, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.