Um brinquedo, muitas brincadeiras!

Um simples objeto, quando compartilhado, pode unir pessoas? “Bola de Trapos”, indicação do Cineminha On-line desta semana, traz uma dica para responder essa pergunta. Assista:

Para acessar a versão do filme com audiodescrição, clique aqui.

Ficha técnica

Filme: Bola de trapos
Local: SP, Brasil
Ano: 2017
Duração: 4 minutos
Direção, roteiro, desenho dos personagens, storyboard, animatic, arte do cenário e animação: Carlos Avalone
Música: Happy Bossa Nova, por Studio Le Bus

Para refletir:

O curta-metragem que assistimos começa com um menino e uma menina brincando tranquilamente com uma bola de trapos. Logo depois, outro menino chega exibindo uma bola de couro, deixando as duas crianças encantadas e interessadas em brincar também. Mas o menino não quer saber de dividir sua bola de couro e fica brincando sozinho com ela, até que algo triste acontece. E o que resolve a situação? A solidariedade das primeiras crianças, que ficam comovidas e resolvem ajudar o menino a ter sua bola de volta. No fim, todos acabam brincando juntos, o que é bem mais divertido!

“Bola de Trapos” nos mostra que mais importante do que ter brinquedos novos ou caros é ter com quem dividi-los, ter amigos com quem você possa brincar junto. Além disso, brinquedos feitos pelas próprias crianças, como é o caso da bola de trapos, podem ser tão ou mais interessantes do que brinquedos comprados prontos.


Curiosidades:

Você já brincou com uma bola de trapos? A bola de trapos ou bola de meia é um brinquedo popular, que ainda faz parte da infância de muitas pessoas. Pode ser feita com jornal amassado ou com retalhos enrolados por meias ou meias-calças, até formar uma bola do tamanho desejado, e pode ser usada em diferentes jogos e brincadeiras. Além de proporcionar muita diversão, é uma forma de reutilizar meias velhas, furadas ou sem par, o que aumenta a vida útil desses materiais. De tão importante, esse brinquedo já foi até tema de música. “Bola de Meia, Bola de Gude”, escrita por Milton Nascimento e Fernando Brant, fala da relação dos adultos com sua infância, com a criança que um dia eles foram. A letra também aborda outros temas que aparecem no curta “Bola de trapos”, como a importância da amizade, da bondade e da solidariedade.

Leia, abaixo, alguns trechos ou clique aqui para escutar a música, na versão de Milton Nascimento:

“Há um menino
há um moleque
morando sempre no meu coração
toda vez que o adulto balança
ele vem pra me dar a mão

[…]

E me fala de coisas bonitas
que eu acredito que não deixarão de existir
amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor

Pois não posso, não devo, não quero
viver como toda essa gente insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia
bola de gude
o solidário não quer solidão
toda vez que a tristeza me alcança
o menino me dá a mão”

Atividade:

Que tal fazer uma bola de meia para brincar com os amigos e familiares? Com uma meia, materiais para fazer o enchimento da bola (papel amassado, retalhos de tecido ou outras meias) e seu fechamento (agulha e linha) já se pode criar um objeto para muitas brincadeiras. Dá para brincar, por exemplo, de tentar acertar a bola em uma cesta improvisada ou em um gol imaginário, ou, ainda, passá-la rapidamente de um para o outro com os pés ou as mãos.

Para produzir uma bola de meia não tem segredo! Coloque o enchimento escolhido dentro da meia, torça-a para deixá-la no formato de uma esfera e vá virando o que restou da meia ao avesso, pra lá e pra cá da bola, até que só reste as pontas. Com a ajuda de um adulto, costure as pontas para manter o enchimento protegido dentro da bola, deixando-a mais resistente. Agora, pronto, é só brincar e se divertir bastante!

Ilustração: Naiara Rocha

Se quiser, você pode compartilhar imagens da bola criada por você com a gente! É só publicar em suas redes sociais usando as hashtags #cineminhaonline, #educativofcs e também @fcs.palaciodasartes no Instagram.

Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Municipal de Educação/BH, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, professora da Rede Municipal de Educação/BH, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.