INGRESSO

Bilheteria do Palácio das Artes

Segunda a sábado 12h às 21h

Domingo 17h às 20h

Lei de Meia Entrada

Quem tem direito:

Estudantes

Idosos

Pessoas com deficiência

Jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes

Para saber as condições que dão direito à meia-entrada acesse o texto na íntegra.

Ao longo de décadas, o Cine Humberto Mauro valoriza as mulheres do e no cinema. A mostra “Clássicas: Mulheres na Direção”, que ocorre sempre em março, mês do Dia Internacional da Mulher, 8, já se tornou uma tradição da programação do cinema – e, neste ano, chega à quinta edição. Desta vez, com título inspirado na obra “Insubmissas lágrimas de mulheres”, da escritora mineira Conceição Evaristo, “Clássicas: Insubmissas Mulheres de Cinema” acontece de 11 de março a 3 de abril. As sessões vão destacar a perspectiva das mulheres no cinema através do trabalho de 30 renomadas diretoras como as belgas Agnés Varda e Chantal Akerman, além da carioca Helena Solberg. São 34 obras, de 14 países, que celebram a diversidade feminina, desde longas-metragens contemporâneos aclamados, como “Garota Infernal” (2009), de Karyn Kusama, até clássicos da sétima arte, caso de “Senhoritas de Uniforme” (1931), da pioneira Leontine Sagan. Além disso, o público poderá acompanhar sessões comentadas dos filmes “Miss Mary”, “India Song” (dentro da sessão Cinema e Psicanálise), “Privilégio”, “O Lindo Corpo” e “Ilusões”, nos dias 13, 14, 19 e 25, respectivamente. Em 21 de março, a sessão da meia-noite irá exibir “Häxan – A Feitiçaria Através dos Tempos” (1922). O Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, tem entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de meia hora antes de cada sessão, na bilheteria do cinema.

ACESSE A PROGRAMAÇÃO COMPLETA AQUI

ACESSE AS SINOPSES AQUI

A mostra tem uma curadora convidada: Carla Italiano, doutora em Comunicação Social, pesquisadora da sétima arte e programadora de mostras e festivais de cinema. “Clássicas: Insubmissas Mulheres de Cinema” exibe filmes protagonizados e realizados por mulheres que questionaram as convenções de suas épocas, construindo novas maneiras de habitar o cinema e o mundo. Ao articular uma seleção eclética, que abrange desde produções norte-americanas da década de 20 até obras contemporâneas do cinema de países como Camarões e Nigéria, a curadoria busca evidenciar a complexidade da experiência de diferentes protagonistas, seja pela reinvenção de formas fílmicas consolidadas ou pela desobediência aos papéis de gênero e às regras sociais. A programação também será exibida na cidade de Congonhas, posteriormente. 

A mostra “Clássicas: Insubmissas Mulheres de Cinema” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada através do Termo de Fomento 001/2024 entre a Fundação Clóvis Salgado e a Fundação Municipal de Cultura Lazer e Turismo de Congonhas e por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.

Múltiplas perspectivas femininas – Um dos grandes destaques da programação é a cineasta belga Chantal Akerman, falecida há dez anos e hoje amplamente reconhecida como uma das figuras mais influentes da história do cinema. Seu filme “Jeanne Dielman”, que integra a mostra junto a mais quatro de seus trabalhos, foi eleito o melhor filme de todos os tempos em uma votação da revista “Sight and Sound”, em 2022, e Akerman foi a primeira mulher a alcançar esse feito. Durante o processo de curadoria, a obra da diretora serviu de inspiração para o desenvolvimento da programação como um todo. A partir de seus trabalhos, surgem temas e abordagens que permeiam os outros filmes exibidos, como reflexões sobre o universo doméstico, a maternidade, a sexualidade, além de investigações sobre espaço e subjetividade, explorando as possibilidades da linguagem cinematográfica.

A mostra é dividida em quatro grupos temáticos. O primeiro, “Vidas luminosas”, reúne documentários biográficos que narram a trajetória de artistas inspiradoras. “Laços inquietos” agrupa filmes que exploram o pertencimento e a ambiguidade das relações sociais, que podem tanto unir quanto dividir. Em “Dos excessos da carne”, são apresentados personagens movidos por desejos intensos, em narrativas que subvertem as convenções dos gêneros cinematográficos tradicionais. Por fim, as obras que compõem as “Canções de rebeldia” revelam diferentes estratégias de mulheres que buscam romper com os tabus e amarras que limitam suas existências.

Segundo a curadora, Carla Italiano, o processo de seleção desta edição da Mostra Clássicas foi desafiador, devido à autonomia para a seleção. “Houve uma liberdade muito muito grande de quais narrativas poderiam ser contadas. Essa mostra propõe uma maneira diferente de entender a história do cinema a partir da perspectiva das mulheres, que estavam tanto atrás das câmeras quanto à frente delas. O primeiro desafio foi entender qual seria o recorte. O outro foi selecionar o que ficaria de fora, pois são muitas possibilidades. O caminho escolhido foi trazer filmes de diretoras importantes para o desenvolvimento da linguagem cinematográfica, mas que não foram reconhecidas em sua época. São nomes não tão conhecidos pelo grande público, trazendo trabalhos que possibilitam encontros com filmes que, a princípio, o público em geral não assistiria no streaming ou na televisão”, conta a curadora.

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes mais de 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

plugins premium WordPress
Pular para o conteúdo