Aventura na areia!

Um calango faminto, um grilo ágil e uma perseguição no embalo de uma das músicas mais conhecidas do país. Para conferir essa história, assista “Calango!”:

Ficha técnica: 

Filme: Calango!
Local: Florianópolis, SC, Brasil
Ano: 2007
Duração: 7 minutos
Direção: Alê Camargo
Produção executiva: Alê Camargo, Mario Lelis e Roger Burdino
Roteiro: Alê Camargo, Alessandra Mota, Alexandre Souza, Anderson Lopes e Dalmo Pereira
Equipe 3D: Alessandra Mota, Alexandre Souza, Anderson Lopes, Dalmo Pereira, Davi Gonçalves, Diego Brandão, Hélio Araújo, Herbert Carlos, Marcelo Bassani, Misac Gomes, Neuber Dias, Philipe Santiago, Ricardo César, Rodrigo Simon, Thiago Miranda, Zé Augusto, Milton Blanco e Pedro Tarcísio
Produção: OZI Escola de Audiovisual

Curiosidades:

No início e no final do curta vemos cenas representando a produção de um tipo de artesanato feito em garrafas de vidro com areia colorida. Esse artesanato é muito popular no Nordeste brasileiro, especialmente no Ceará e no Rio Grande do Norte, mas também é realizado em outras regiões do mundo, como no Oriente Médio. Em cada lugar são retratados diferentes elementos relacionados à paisagem da localidade em que é produzida, como praias, barcos e coqueiros no Nordeste e camelos e dunas em regiões de deserto. Essa técnica recebe vários nomes, como ciclogravura, silicografia, cericografia e arenogravura, mas também é popularmente conhecida como “arte das garrafas de areia colorida”. Nela vemos uma grande diversidade de cores de areias e o mais incrível é que a maioria é feita pela própria natureza. Alguns tons não encontrados naturalmente são produzidos com corantes misturados à areia branca. São utilizados diferentes tipos de recipientes para receber a areia, mas o mais comum são garrafas de vidro transparente. As ferramentas também podem ser várias, como peneiras de plástico, funis, pauzinhos, arames e colheres. Esse é um tipo de saber e fazer tradicional, passado de geração em geração, assim como o artesanato do Vale do Jequitinhonha, que já apresentamos na publicação Patrimônio vivo!.

Durante a perseguição do lagarto ao grilo, uma melodia se destaca ao fundo, você consegue reconhecer qual é? Talvez você já tenha ouvido. Seu nome é “Brasileirinho” e é uma das músicas mais conhecidas do país. Frequentemente aparece em produções audiovisuais, como propagandas e filmes, e também em ocasiões especiais, como na apresentação da ginasta Daiane dos Santos nos Jogos Olímpicos de 2004 e na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Ela foi criada em 1947 por Waldir Azevedo, que a inventou de improviso, interagindo com seu sobrinho e usando um cavaquinho com uma corda só.

Atividade:

Em vários momentos da perseguição protagonizada pelo lagarto e pelo grilo, um outro personagem aparece em cena: um cativante siri. Empenhado em construir seu castelo de areia, ele o reconstrói toda vez que algo o derruba. Construir castelos de areia é uma brincadeira bastante comum, principalmente na praia. Você já fez alguma criação usando areia? Tem algum registro de quando brincou? Se tiver areia limpa disponível em casa, que tal inventar algo com ela? 

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Referências:

BONACORCI, Ricardo. Músicas: Brasileirinho – 70 anos do choro mais famoso de Waldir Azevedo. Publicado em 07 abr. 2019. Disponível em: <https://www.bonashistorias.com.br/single-post/2019/04/07/Musicas-Brasileirinho-70-anos-do-choro-mais-famoso-de-Waldir-Azevedo>. Acesso em: 13 mar. 2022.

FERREIRA, Tatiana de Sá Freire. DA PAISAGEM AO TERRITÓRIO: a arte das garrafas de areia colorida e experiências de mapeamento social em Majorlândia/CE. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geografia, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <http://objdig.ufrj.br/16/teses/826272.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2022.

RIPARDO, Sérgio. O que as garrafas de areia colorida dizem sobre a criatividade dos cearenses? Publicado em 18 dez. 2020. Disponível em: <https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/opiniao/colunistas/2.16591/o-que-as-garrafas-de-areia-colorida-dizem-sobre-a-criatividade-dos-cearenses-pesquisadora-responde-1.3024017>. Acesso em: 10 mar. 2022.

Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Estadual de Ensino/MG, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, professora da Rede Municipal de Educação/BH, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.