Memorial das plantas

Memória nos faz rir, chorar, sentir saudades… Ela brinca com a gente e nós brincamos com ela. Então, que tal brincarmos com isso? Vamos criar um jogo da memória? 

Para fazer arte, os artistas precisam ter conhecimento sobre várias coisas, como a natureza. Por isso, a memória precisa ser trabalhada. A pintora Yara Tupynambá, por exemplo, apresenta em seu trabalho várias representações de árvores, flores, lagos… 

Que tal fazer imagens de plantas, assim como a artista Yara? A natureza está sempre mudando, você sabia que ela se decompõe? Ela se desmancha, se perde. Mas através da arte podemos conservar sua representação, tirando fotos, fazendo uma pintura ou até mesmo um desenho. A memória é um elemento que nos oferece muitas possibilidades, e, com o auxílio da arte, podemos brincar com as imagens. Então, como iremos criar as nossas? 

Foto: Cibele Chalita e Chris Moreira

Atividade

Por meio de uma técnica de gravura chamada frotagem iremos criar nosso jogo da memória da natureza! Vamos imaginar? Você se lembra das plantas no jardim e se recorda de como são as folhas lá fora? Vamos criar nosso jogo da memória com elas! Para esta atividade, precisaremos de alguns materiais.

Materiais: cinco folhas de papel A4, giz de cera ou lápis de cor, tesoura sem ponta, cola e algumas folhas de árvores (recolha variados tipos de folha no quintal ou em uma rua próxima à sua casa). 

Para saber mais sobre a frotagem, acesse a publicação Criarte: Frotagens!, do Educativo FCS.

Foto: Cibele Chalita e Marco Dias Reis

Passo a passo

O primeiro passo é separar cinco folhas de papel A4, dividir cada uma em quatro partes e recortá-las, criando as bases das peças do jogo. Depois, no quintal ou em uma rua próxima à sua casa, colha a maior variedade de folhas de plantas que conseguir. Dê preferência às folhas verdes e às que caibam nos recortes feitos anteriormente. 

Agora, iremos realizar duas frotagens de cada folha de planta em dois pedaços diferentes de papel, para que tenhamos pares de peças bem parecidas. Para cada tipo de folha de planta, use uma cor diferente de lápis ou giz de cera. 

Fotos: Marco Dias Reis.

Ensinar a brincar

Com as peças prontas, convide alguém para jogar com você. Fiquem um de frente para o outro. Misture as peças viradas para baixo e espalhe-as por sobre a mesa (sempre com as frotagens viradas para baixo; não vale espiar!). 

Agora, é hora de começar o jogo! Cada jogador terá uma chance para unir os pares de folhas por vez. Assim que um deles finalizar sua tentativa, o outro poderá fazer a sua. Ganha quem conseguir fazer o maior número de pares. 

Foto: Marco Dias Reis

Sobre os autores

Camila Fernanda De Paula Silva é estudante do curso de Arte Educação do Cefart | FCS, educadora social e multi-instrumentista.

Chris Moreira é estudante do Curso de Arte Educação do Cefart | FCS, artista visual e estudante de Conservação e Restauro na UFMG.

Cibele Di Paula Alves Chalita é estudante do curso de Arte Educação do Cefart | FCS e graduanda em Pedagogia pela UFOP. 

Fabrícia Chicata é estudante do curso de Arte Educação do Cefart | FCS, designer de moda e escultora.

Gabryella Queiroz é estudante do curso de Arte Educação do Cefart | FCS e graduanda em Licenciatura em Artes Visuais pela UFJF.

Marco Antonio Dias dos Reis é estudante do curso de Arte Educação do Cefart | FCS, arquiteto urbanista e designer de ambientes.

Tiago da Silva Borges é estudante do curso de Arte Educação do Cefart | FCS, professor e historiador.

Referências

AS ÁRVORES. Arnaldo Antunes. 11 abr. 2017. 3min59s. Youtube. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=m_rbMKESz-g>. Acesso em: 16 ago. 2021.

GRANDE ÁRVORE Vermelha. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra32829/grande-arvore-vermelha>. Acesso em: 16 ago. 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7.

TUPYNAMBÁ, Yara. A Força Positiva do Mestre Guignard. In: “REVISTA INFORMA” (Escola de Belas Artes, Universidade Federal de Minas Gerais). Belo Horizonte, MG – Brasil, 1981. p. 22-25.