Z) Zaika dos Santos
Palavras-chave: multiartista, afrofuturismo, performance.
Bora falar de arte?
O Bora chega ao seu último nome do abecedário de artistas. Apresentamos a artista Zaika dos Santos, que compõe um diálogo com Yhuri Cruz, convergindo questões sobre ancestralidade, performance e discussões sobre a arte contemporânea.
Mineira, residente em Belo Horizonte, Zaika dos Santos é multiartista, pesquisadora, arte educadora, produtora cultural e curadora. Seus trabalhos científicos e poéticos estão centrados no pensamento afrofuturista e afrodiaspórico. Um pensamento que diz da arte, ciência, tecnologia e inovação africana e afrodescendentes como uma possibilidade de construir outras conexões sociais, tensionando epistemologias, símbolos e estéticas.
Nôk é Nagô
Trazendo no nome a memória dos valores culturais de um povo, a tradição de uma civilização africana e a resistência de um continente através do corpo e das raízes dos cabelos, o projeto Nôk é Nagô trabalha com diferentes linguagens artísticas. Dentre elas, a performance.
Em 2017, na Mostra Perplexa, a artista fez a performance “Nagô”, onde seus cabelos são trançados enquanto escreve palavras de ordem contra o pensamento racista. Os gestos do trançar e da espera nos convocam a refletir sobre o tempo. Olhar para as mãos que trançam compondo no ar um movimento de construção – ver os fios criarem outra forma; misturando cores; ficando extensos ao acréscimo de outros fios como longas cordas – linhas – que ligam o passado ao futuro; ou, ainda, observar a espera da artista recebendo em sua cabeça a condensação desses tempos no agora.
Na próxima publicação, nosso convite continua em aberto: Bora falar de arte? Lembre-se de acompanhar as redes sociais da Fundação Clóvis Salgado para se manter atualizado sobre a arte contemporânea!
Sobre as autoras:
Daniela Parampal é bacharel e licenciada em Artes Visuais, artista visual, professora e mediadora cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.
Mara Tavares é licenciada em Letras, mestra em Artes, professora e mediadora cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.