Nesta brincadeira cabe todo mundo!

Ronaldinho é encantado com as aventuras do filho do vizinho, um menino bastante animado que mora por perto. Ele acompanha as travessuras e brincadeiras do menino à distância, da janela de sua casa, e, mesmo demonstrando interesse em vivê-las, nunca aceita os convites do filho do vizinho para brincar.Por que será que isso acontece? Assista ao curta “O filho do vizinho” e descubra:

Ficha Técnica

Filme: O filho do vizinho

Local: Brasília/DF

Ano: 2010

Duração: 7 minutos

Direção, Roteiro e Montagem: Alex Vidigal

Fotografia: André Luís da Cunha

Produção: Renato Marques

Preparação de Elenco: Fernanda Rocha

Produção Executiva: Renato Marques

Direção de Produção: J. Procópio

Produção: Carolina Barmell

Direção de Arte: Daniel Banda

Figurino: Carol Woortmann

Som Direto: Marcos Manna

Direção de Fotografia: André Luís da Cunha

Design de Créditos: Luís Mir e Ricardo Carneiro

Edição, Mixagem de Som e Trilha Sonora Original: T3 Estúdio

Elenco: Ian Bauer, Diego Melo, Ana Paula Braga, Andrade Júnior, Daniela Gonçalves, Lauro Montana, Mary Constance Girdwood, Thiagones e Renato Leroy

Reflexão:

Dois meninos e uma história de amizade. São tantas as oportunidades de se divertir que poderiam aproximar esses dois garotos… Então, por que, mesmo morando tão pertinho um do outro e se vendo com tanta frequência, esses momentos de diversão e alegria entre os dois não aconteciam?

Aqui, no Cineminha On-line, já conversamos sobre a importância de se garantir o direito das crianças ao brincar e sobre o valor da amizade. “O filho do vizinho” também é um curta-metragem sobre brincar e sobre a amizade. Mas, além disso, é sobre pontos de vista, formas de ver o mundo.

Perspectiva é o modo como alguma coisa ou situação é vista ou representada, e ela muda dependendo de onde o observador está situado ou de seu contexto. Cada um dos meninos via e experimentava o mundo a partir de sua própria perspectiva. O filho do vizinho estava sempre pela rua, inventando brincadeiras “de descabelar toda a vizinhança”. O único que não se espantava com suas brincadeiras era Ronaldinho, que passava grande parte do tempo em casa, olhando pela janela, observando as ações dos outros. Sua vontade era sair, mas a família não permitia, com a intenção de protegê-lo. Por causa disso, ele acabava privado de viver outras experiências. Quando ele finalmente sai com o filho do vizinho, ele passa também a interagir com o que antes só olhava.

A forte ligação entre os dois nos ensina que não há barreiras para uma amizade verdadeira. Ronaldinho enxergava no filho do vizinho qualidades que os outros não viam, pois já tinham construído uma imagem negativa em relação a ele. O filho do vizinho também buscava a amizade de Ronaldinho, independente de qualquer coisa, e continuava chamando ele para brincar, mesmo depois de várias tentativas recusadas. Assim, surge uma relação em que há respeito e superação de preconceitos de ambos os lados, mostrando que conviver com as diferenças é muito enriquecedor para todos.

Ilustração: Naiara Rocha

Atividade:

Existem tantas formas de Ronaldinho e o filho do vizinho brincarem. A provável impossibilidade de jogar bola usando os movimentos das pernas não impede Ronaldinho de jogar bola com as mãos, por exemplo. Você já tinha pensado sobre isso? O nosso corpo é cheio de possibilidades! Então, por que não explorá-las? Por que não descobrir e valorizar o que somos capazes de fazer, ao invés de focar somente em limitações impostas por uma condição? Não se engane, limites todas as pessoas têm… E várias capacidades também!

Agora, pense em sua brincadeira favorita: como você a adaptaria para que mais pessoas pudessem brincar? Pense no exemplo de jogar bola: quais outras partes do corpo você poderia explorar para brincar com a bola, além das pernas e dos braços? Tente, experimente! Quem sabe não acaba inventando uma brincadeira nova e chamando todo mundo aí da sua casa para se divertir com você?!

Compartilhe com a gente fotos das brincadeiras inventadas por você. Use as hashtags #educativofcs e #cineminhaonline nas mídias sociais, e também @fcs.palaciodasartes no Instagram.

Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora na Rede Estadual de Ensino, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.