Cia. de Dança Palácio das Artes lança o vídeo ECO, que marca o início das comemorações de seus 50 anos

27/02/21

Exibição nas Mídias Sociais da Fundação Clóvis Salgado | facebook.com/fundacaoclovissalgado e no Instagram (@fcs.palaciodasartes)

2021 será um ano repleto de movimento e celebração para a Cia. de Dança Palácio das Artes, uma vez que o grupo vai comemorar 50 anos de história. E para dar início às atividades que vão rememorar parte da história e, ao mesmo tempo, estabelecer conexões com o presente e o futuro, Cristiano Reis, diretor da Cia. de Dança Palácio das Artes, propôs aos bailarinos embarcar numa viagem ao passado, revisitando recordações e lembranças que ecoam nos corpos, nas paredes, nos espaços e nos caminhos percorridos pelo grupo até o momento. Para isso, será lançado o vídeo coletivo Eco, no dia 27 de fevereiro, às 10h, no Instagram e no Facebook da Fundação Clóvis Salgado (FCS). Esse evento integra o projeto Palácio em sua Companhia, da FCS.

Com direção de Anahí Poty, Léo Garcia e Maíra Campos, bailarinos da CDPA, e trilha sonora do compositor Dan Maia, Eco representa o amadurecimento da produção audiovisual do grupo. Devido à pandemia, a partir de março de 2020, os artistas foram desafiados a reinventarem seus processos de trabalho, substituindo o palco e a sala de ensaio presencial por criações de obras audiovisuais.

Eco mostra que as bailarinas e os bailarinos estão mais experientes em relação ao formato de vídeo coletivo adotado no ano passado. No entanto, o processo de criação continua sendo coletivo, mas dessa vez, se compararmos com as outras produções do ano passado, há uma direção que, como a própria palavra sugere, propõe um direcionamento mais certeiro no cenário, figurino e enquadramento da câmera. Além disso, é visível que os artistas hoje estão mais íntimos com o processo de gravação”, revela Maíra Campos.

Corpos Sinápticos – Instigados pela “viagem ao tempo”, que rememora os 50 anos da Cia. de Dança Palácio das Artes, os bailarinos propuseram à direção convidar artistas que fizeram parte da história da CDPA para dialogar com o atual elenco durante os processos de criação de 2021. O primeiro convidado do ano é Tuca Pinheiro, pesquisador em dança contemporânea, que auxiliou o grupo na criação de Eco, sendo uma espécie de provocador. Tuca, além de ter sido bailarino do grupo, dirigiu coreograficamente duas importantes obras da Cia. de Dança Palácio das Artes: Coreografia de Cordel, de 2004, e PPP (PRIMEIRAPESSOADOPLURAL), de 2015, realizada em parceria com o coreógrafo Jorge Garcia.

Por meio de três encontros virtuais, o pesquisador instigou os bailarinos a resgatarem o conceito de “corpos sinápticos”, utilizado no processo de criação de PPP (PRIMEIRAPESSOADOPLURAL). “Na época desse espetáculo eu estava estudando muito a sinapse, um assunto da neurociência. A sinapse é basicamente uma informação que o indivíduo propõe para o sistema nervoso e quando ela chega aos neurônios toma um rumo diferente. Comecei a pensar como seria isso num corpo, quando você programa um determinado movimento. Em algum momento, esse movimento toma um caminho próprio de acordo com a necessidade de expressão do corpo. Então, em Primeirapessoadoplural eram corpos que estavam o tempo todo em processo, proporcionando o movimento processual, que poderia ser alterado por um padrão neurológico, desde que essa mudança não comprometesse o todo do espetáculo, ou seja, o coletivo”, explica Tuca.

Em Eco, há cenas com movimentos e expressões que fogem do padrão convencional, resultado do processo aplicado pelo pesquisador. “O Tuca é um grande provocador do corpo que vai além da coreografia. Ele diz uma frase que eu gosto muito, que é ‘o sujeito da ação está na própria ação’. Aí, eu entendo como a não necessidade de sublinhar algo coreograficamente falando e, sim, ter um corpo aberto às possibilidades. Então, Eco fala muito do indivíduo no coletivo. Existe uma proposta em comum, mas cada corpo assimila as provocações de forma distinta, através da subjetividade de cada artista”, pontua Léo Garcia, um dos diretores do vídeo.

O vídeo coletivo Eco, da Cia de Dança Palácio das Artes, é realizado pelo GOVERNO DE MINAS GERAIS / SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E TURISMO DE MINAS GERAIS e FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO e tem a APPA ARTE E CULTURA como correalizadora. Conta ainda com o patrocínio Master da CEMIG e INSTITUTO UNIMED-BH (viabilizado pelo incentivo de mais de 5,1 mil médicos cooperados e colaboradores), USIMINAS e INSTITUTO USIMINAS como patrocinadores.

CIA DE DANÇA PALÁCIO DAS ARTES – Corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado – é reconhecida como uma das mais importantes companhias do Brasil e é uma das referências na história da dança em Minas Gerais. Foi o primeiro grupo a ser institucionalizado, durante o governo de Israel Pinheiro, em 1971, com a incorporação dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite – que profissionalizou e projetou a Companhia nacionalmente. O Grupo desenvolve hoje um repertório próprio de dança contemporânea e se integra aos outros corpos artísticos da Fundação – Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais – em produções operísticas e espetáculos cênico-musicais realizados pela Instituição ou em parceria com artistas brasileiros. A Companhia tem a pesquisa, a investigação, a diversidade de intérpretes, a cocriação dos bailarinos e a transdisciplinaridade como pilares de sua produção artística. Seus espetáculos estimulam o pensamento crítico e reflexivo em torno das questões contemporâneas, caracterizando-se pelo diálogo entre a tradição e a inovação.

TUCA PINHEIRO – Pesquisador de dança contemporânea, com foco voltado para dramaturgia, atualmente desenvolve o projeto de metodologia intitulado “A Urgência da Ineficiência e a Errância dos corpos”. Tuca é também um profissional constantemente convidado a coordenar oficinas de criação e ministrar aulas de técnicas contemporâneas de dança no Brasil e no exterior. Assina a direção coreográfica e colaboração dramatúrgica em várias companhias, como nos espetáculos “Sem Lugar” (2002, 1° Ato Grupo de Dança), “Coreografia de Cordel” (2004, Cia. de Dança do Palácio das Artes), “Agô Arêrê (2016, Balé do Teatro Castro Alves de Salvador) e “Primeirapessoadoplural” (2015, Cia. de Dança do Palácio das Artes, em parceria com Jorge Garcia). Foi o bailarino convidado a integrar o elenco do primeiro longa-metragem de dança “Cinzas de Deus” (direção de André Semenza e Fernanda Lippi). Atuou como bailarino em várias companhias: Cia. de Dança do Palácio das Artes, Balé Guaíra, 1° Ato Grupo de Dança, Benvinda Cia de Dança, Meia Ponta Cia de Dança, Zykzyra Physical Theatre, entre outras. Premiado com o Troféu APCA, como colaborador de dramaturgia, no espetáculo “Confete da Índia”, de André Masseno. Atualmente, ocupa a cadeira de representante da dança no Conselho Municipal de Políticas Públicas de BH.

Informações

Local

Exibição nas Mídias Sociais da Fundação Clóvis Salgado | facebook.com/fundacaoclovissalgado e no Instagram (@fcs.palaciodasartes)

Horário

10h