Cantora belgo-africana Shelby Ouattara se apresenta na Sala Juvenal Dias no Palácio das Artes

publicado em 21 de abril 2019

Maestro Nestor Lombida e percussionista Rafael Mello acompanham Shelby em noite de soul, world music e MPB

 

O palco da Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes, recebe às 20h do dia 27 de abril (sábado) uma parceria inédita entre o maestro e pianista cubano Nestor Lombida, o percussionista titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Rafael Mello, e a cantora e compositora belga Shelby Ouattara. Com covers e canções autorais de Shelby, o trio vai passear pelo soul, world music e MPB num repertório que aproxima Brasil, Bélgica e Caribe. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na bilheteria do Palácio das Artes ou na plataforma Ingresso Rápido.

No repertório, canções autorais de Shelby interpretadas em diferentes idiomas, como “Meu sonho”, “Come With Me”, “Soy El Mundo” e “I Just Need”. O setlist também conta com versões de grandes nomes da música mundial, como “Valery”, de Amy Winehouse, “Killing Me Softly”, de Roberta Flack, e canções de consagrados artistas nacionais, como Tom Jobim, Gilberto Gil e Daniella Mercury.

Shelby Ouattara começou a aprender violão e compor na adolescência. Quando descobriu a música brasileira, decidiu aprender o idioma para desenvolver suas próprias músicas e seu projeto solo, que já está em curso há um ano e meio. “Encontrei na internet uma música de Seu Jorge com Paula Lima e achei tão lindo que decidi aprender o idioma para cantar”, conta Ouattara. A belga marca presença por onde passa: tem a voz forte, característica das cantoras de soul com as influências latinas da world music. Shelby é filha de mãe belga e pai costa-marfinense. Viajante desde os 19 anos, já tocou em festivais na Bélgica, Holanda e Espanha.

Depois da sua chegada em Belo Horizonte, passou pelo programa Sofar Sounds, pelo bar dançante A Obra e por um show no Aglomerado da Serra. Desde cedo Shelby sentiu necessidade de conhecer outros lugares. Foi esse desejo que levou a cantora para sua primeira viagem para o Chile, na América Latina, experiência que mudou sua vida e a fez querer viajar para conhecer outras pessoas e modos de ver o mundo.

“A unidade entre diferentes lugares é um tema que volta muito nas minhas composições. A minha canção Soy el Mundo fala sobre viajar para tentar encontrar um lugar em se possa fazer uma conexão e se sentir à vontade, mas acredito que você pode ficar confortável em muitos países, só depende das pessoas”, explica, deixando claro que não se sente estrangeira no Brasil. “Não me sinto ‘gringa’, nem belga em nenhum lugar para onde vou, me sinto apenas eu”.

Mesmo ávida por lugares e experiências diferentes, Shelby encontrou em Belo Horizonte uma recepção tão positiva para seu trabalho artístico que pretende consolidar sua carreira como cantora na cidade. “Tento me engajar na música em todo país em que vou e gostaria de ficar no Brasil porque gostei muito daqui. Senti que é o lugar certo, ou um dos lugares certos para mim. As pessoas e a cidade me influenciaram e, é claro, ter me apaixonado me inspirou muito”, brinca a cantora.

Influenciada por Amy Winehouse, Salah Sue e ícones como Bob Marley, Ouattara vem amadurecendo seu repertório e técnica a cada apresentação, substituindo o nervosismo pela alegria e adrenalina de encarar o público. “Quando estou num estado emocional mais fraco, sei que depois de cantar vou me sentir melhor, então crio uma energia positiva porque sei que compor e estar no palco são lugares de cura para mim”, observa. A apresentação na Sala Juvenal Dias promete ser um salto na musicalidade de Shelby, que se apresenta com Nestor Lombida no piano e Rafael Mello na percussão, dois músicos muito experientes.

Para Nestor, o encontro do trio vai ser uma experiência interessante em que o talento da cantora se impõe. “Trabalhamos um repertório a partir das composições da Shelby e seu conhecimento de jazz e música caribenha. Ela tem características marcantes, então vamos dar enfoque no que realça esse talento”, comenta. Encantada pela música caribenha desde pequena, Shelby viu na apresentação a oportunidade de entrar em contato com essa musicalidade tão diferenciada. “Sempre pensei que seria muito legal tocar com pessoas do Caribe porque sua música soa muito bem. O Nestor é cubano e tem uma parte da família que vem da Jamaica. Ele tem um feeling incrível quando toca, algo tão específico que é preciso ter nascido lá para ter”, celebra Shelby.

O encontro de gerações também serviu de inspiração para a cantora, que lança suas composições na plataforma Spotify nos próximos meses. “Adorei ver a paixão de Nestor pela música, mesmo depois de tantos anos. Durante os ensaios percebi que ele sente muito prazer tocando e isso me inspira bastante porque é tocar a vida toda, fazendo o que mais ama no mundo e continuar amando depois de tudo. Esse contato me dá mais energia, vontade de cantar, tocar, evoluir e aprender ainda mais”, observa Ouattara, que retorna para a Bélgica ainda em abril, mas pretende voltar ao Brasil, talvez para ficar, ainda neste ano.

 

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