Informações sobre o Coronavírus
Os coronavírus são uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus – COVID-19 – foi descoberto em 31 de dezembro de 2019 após casos registrados na China.
Os coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, somente em 1965 eles foram descritos como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, similar a uma coroa. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63, e beta coronavírus OC43, HKU1, e a maioria das pessoas se infecta com algum desses ao longo da vida; sendo as crianças as mais propensas a se infectarem.
A avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o risco de contágio e impacto do COVID-19, a partir de 28/02/2020, classifica a evolução deste evento, a nível global, de “muito alto”. Em 30/01/2020, a OMS já havia declarado o surto de Doença Respiratória Aguda pelo SARS-CoV-2 como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
Assim, todos os países devem estar preparados para conter a transmissão do vírus e prevenir a sua disseminação por meio de vigilância ativa com detecção precoce, isolamento e manejo adequados dos casos, investigação/monitoramento dos contatos e notificação oportuna.
Os nomes oficiais são:
- Doença: doença de coronavírus (COVID-19)
- Vírus: síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) 2
DÚVIDAS FREQUENTES
O que é o novo coronavírus?
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
Quais são os sintomas do novo coronavírus?
Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença.
Os principais são sintomas conhecidos até o momento são:
- Febre.
- Tosse.
Dificuldade para respirar.
Como o coronavírus é transmitido?
Por quanto tempo a doença pode ficar incubada?
Como prevenir o novo coronavírus?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.
Como é feito o diagnóstico do novo coronavírus?
Qual exame detecta essa doença?
É importante seguir as orientações em relação aos procedimentos para o diagnóstico laboratorial.
Como é o tratamento?
Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.
Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.
Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 07 dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).
Qual a diferença entre gripe e o novo coronavírus?
Como é definido um caso suspeito de coronavírus?
Os casos suspeitos devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos. Casos descartados laboratorialmente, independente dos sintomas, podem ser retirados do isolamento.SITUAÇÃO 01
Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
SITUAÇÃO 02
Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
SITUAÇÃO 03
Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar) E contato próximo de caso confirmado de coronavírus em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.
– Febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em crianças menores que 5 anos, idosos, imunossuprimidos ou que em algumas situações possam ter utilizado medicamento antitérmico. Nestas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na ficha de notificação.
– Dor de garganta, coriza, batimento de asas nasais cefaléia (dor de cabeça), irritabilidade/confusão, adinamia (fraqueza).
– Contato próximo é definido como: estar a aproximadamente dois metros de um paciente com suspeita de caso por coronavírus, dentro da mesma sala ou área de atendimento (ou aeronaves e outros meios de transporte), por um período prolongado, sem uso de equipamento de proteção individual (EPI). O contato próximo pode incluir: cuidar, morar, visitar ou compartilhar uma área ou sala de espera de assistência médica ou, ainda, nos casos de contato direto com fluidos corporais, enquanto não estiver usando o EPI recomendado.
Quais cuidados os profissionais de saúde devem ter ao entrar em contato com um caso suspeito de coronavírus?
As orientações, conforme cada etapa de atendimento, estão descritas no Boletim Epidemiológico 03, no tópico Medidas de prevenção e controle para atendimento de casos suspeitos ou confirmados.
Qualquer hospital pode receber esse paciente?
Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência estadual para isolamento e tratamento.
Os casos suspeitos leves podem não necessitar de hospitalização, sendo acompanhados pela Atenção Primária e instituídas medidas de precaução domiciliar. Porém, é necessário avaliar cada caso.
Quais são os hospitais de referência para os possíveis casos em Minas Gerais?
Essa escolha, porém, não é definitiva, visto que essa lista poderá ser alterada, acrescentando-se novas unidades de acordo com o cenário epidemiológico e a demanda do estado. Essa seleção foi pensada com o intuito de preparar a atenção hospitalar caso haja aumento de casos suspeitos ou tenhamos casos confirmados do novo coronavírus em Minas Gerais. O pré-requisito solicitado foi que a instituição tivesse capacidade de realizar isolamento respiratório dos pacientes que por ventura sejam internados.
Quais cuidados devo ter se for viajar para a China?
Tive contato com pessoas que vieram da China recentemente. O que devo fazer?
Quais são as orientações para viajantes que retornam da China?
Há risco de contaminação pelo novo coronavírus quando em contato com embalagens ou produtos enviados do exterior?
Segundo a OMS, é seguro receber encomendas de países que já notificaram casos confirmados. Por experiência com outros coronavírus, sabemos que esses tipos de vírus não sobrevivem por muito tempo em objetos, como cartas ou pacotes.