Lírico Sacro

Basílica Sagrado Coração de Jesus | Praça Dr. Astor Viana - Sagrado Coração de Jesus, Conselheiro Lafaiete - MG

A Fundação Clóvis Salgado, através do Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG), apresenta, no dia 31 de agosto (quarta-feira), uma edição especial da série Lírico Sacro na cidade de Conselheiro Lafaiete (MG). O evento acontece na histórica Basílica Sagrado Coração de Jesus, a partir das 19h30. No repertório, obras dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart, John Rutter, Georg Friedrich Händel, Felix Mendelssohn e Gioacchino Rossini.

Tradicional na agenda do CLMG, a série Lírico Sacro é uma iniciativa da FCS para a promoção da música coral na cidade. Na programação são apresentadas composições barrocas, clássicas e contemporâneas. Os integrantes do Coral Lírico serão conduzidos pela regente-associada ao CLMG, Lara Tanaka. Além das vozes, o concerto contará também com acompanhamento de Fred Natalino, pianista do Coral. O programa da apresentação inclui dois coros do oratório Messias, de Händel, e outros dois do oratório Elias, de Mendelssohn, além de dois movimentos da Petite Messe Solennelle (Pequena Missa Solene), de Rossini, um movimento da Grande Missa, de Mozart, e dois movimentos de Glória, de John Rutter.

O Messias estreou na Irlanda em abril de 1742. O oratório tem 51 movimentos divididos em três partes, sublinhando simbolicamente a importância do número 3 na tradição teológica. Embora o 42º movimento (o célebre Aleluia) seja o mais reconhecível, a obra Messias não é tão conhecida em sua totalidade. O oratório é composto por diversos relatos em torno Jesus Cristo, desde a sua anunciação profética e seu nascimento, vida e morte até a ascensão ao Céu. A 1ª parte apresenta a profecia, a chegada ao mundo e a vida de Jesus; a 2ª relata episódios da Paixão e da vitória de Cristo, culminando no coro Aleluia; e a 3ª parte descreve o tema da Redenção e constitui um cântico de ação de graças.

Lançado com grande sucesso em 1846, o oratório Elias conta com numerosos coros de grande potência, e é a obra-prima de Mendelssohn. Com inspiração nos grandes oratórios da música barroca, em especial de Bach e Händel, a obra foi escrita a partir das narrativas sobre o profeta Elias.  O oratório inclui o coro como representante do povo que lamenta a ira divina, dá graças à glória de Deus e dialoga com os personagens. A produção consegue transitar por um estilo quase angelical (mais doce), mas também oferece momentos de grande intensidade dramática, com imagens religiosas fortes, diálogos carregados e passagens que narram milagres. A composição será interpretada em inglês, a partir de uma adaptação do próprio Mendelssohn que estreou em Londres.

Já a Petite Messe Solennelle é a última obra de Rossini, criada quando o compositor já havia deixado de escrever óperas. Finalizada em 1863, o concerto destacará a beleza das melodias e harmonias inesperadas do Kyrie (um dos movimentos da estrutura de uma missa) e a vivacidade alegre e explosiva do Cum Sancto Spiritu (trecho que integra o movimento conhecido como Gloria).

Já a Grande Missa em dó menor é a maior missa de Mozart, possuindo dois coros, uma grande orquestra, dois sopranos, um tenor e um baixo. Composta em Vienna e Salzburgo, em 1782 e 1783, foi deixada incompleta por razões desconhecidas. Assim como o Réquiem de Mozart, essa obra também se destaca pelo enorme número de complementações e reconstruções feitas ao manuscrito desde o começo do século XX.

Gloria, de John Rutter, foi composta em 1974. O compositor estruturou o texto em três andamentos e o compôs para coro, metais, percussão e órgão, com uma versão alternativa para coro e orquestra. A obra já foi gravada várias vezes, incluindo uma primeira gravação conduzida pelo compositor, e tem feito sucesso ao longo dos anos.

Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a série Lírico Sacro, que tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio master da Cemig, ArcellorMittal, AngloGold Ashanti e Usiminas por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, além do apoio cultural do Instituto Hermes Pardini.

Programa:

 “And the glory of the Lord” e “For unto us”, do oratório Messias

Georg Friedrich Händel

“Sanctus”, da Grande Missa

Wolfgang Amadeus Mozart

“Kyrie” e “Cum Sancto Spiritu”, da Pequena Missa Solene

Gioacchino Antonio Rossini

“But the lord from the North” e “And then, then shall your light”, do oratório Elias

Felix Mendelssohn

“Glória” e “Quoniam tu Solus Sanctus“, de Glória

John Rutter

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais recebeu o título de Patrimônio Histórico e Cultural do Estado em janeiro de 2019. Interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Além de integrar as temporadas de óperas da FCS, participa das séries Lírico ao Meio-dia, Lírico em Concerto, Lírico Sacro e Sarau Lírico. O Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade, sendo Lara Tanaka sua atual regente.

Lara Tanaka – Nascida em Belo Horizonte, Lara Tanaka estudou piano no Conservatório Mineiro de Música e Regência na Escola de Música, instituições da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estudou com Sérgio Magnani, Roberto Tibiriçá, Cláudio Ribeiro, Per Brevig (EUA), Mogens Dahl (Dinamarca) e Nelson Niremberg (EUA). Em 2000 regeu a ópera Le Nozze di Figaro, de W. A. Mozart, com a Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG. Ministrou aulas de Regência no 33º Festival de Inverno da UFMG e, em 2001, dirigiu a oficina de coral infantil no Festival Nacional de Música de Câmara na Paraíba. Em 2003, gravou o CD Villa-Lobos e os Brinquedos de Roda, com o Coral Infantojuvenil Palácio das Artes e o Grupo de Percussão da UFMG.A obra foi finalista do Prêmio TIM da Música de 2004, na categoria de melhor CD infantil. Em 2007, trabalhou na direção vocal do CD Os Cocos, também finalista do Prêmio TIM da música de 2007 nas categorias de melhor CD regional e melhor grupo regional. Atua como cravista continuísta em diversos grupos de música antiga e com as orquestras da Musicoop, Orquestra da Universidade Federal de Ouro Preto e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. De 2008 a 2012 atuou como cravista na Oficina de Música de Curitiba. Em 2013, foi pianista do Coral Ars Nova da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi regente titular do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes de 2001 a 2015. É regente titular do Coral Lírico de Minas Gerais.

Fred Natalino – Pianista e arranjador. Mestre em Música pela UFMG (2015) e graduado em piano pela mesma instituição (2009), é também formado no curso técnico em piano pelo Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro (2004). No Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (CEFAR) foi professor de Percepção Musical e pianista ensaiador dos cursos básico e profissionalizante de dança, além da Big Band Palácio das Artes e do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes. Integra a Happy Feet Jazz Band e é pianista do Coral Lírico de Minas Gerais. Participa regularmente como arranjador e pianista da série de concertos Sinfônica Pop, da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, tendo trabalhado com Milton Nascimento, Ivan Lins, Elba Ramalho, Luiz Melodia, Gal Costa, José Miguel Wisnik, João Bosco, Rosa Passos, Filipe Catto e Lenine.