Divertindo-se com esta trama!

Dançar em grupo e com pessoas assistindo pode despertar um pouco de medo de errar, e Léo, personagem do curta-metragem “No Fim da Trama”, sabe bem disso. Mas, e você, já se apresentou alguma vez? Sentiu medo? Confira essa história:

(Versão com Libras)

Para acessar a versão do filme com audiodescrição, clique aqui. 

Ficha Técnica

Filme: No Fim da Trama

Local: Florianópolis, SC, Brasil

Ano: 2016

Duração: 12 minutos

Direção: Patrícia Monegatto

Diretor assistente: Will Martins

Roteiro: Patrícia Monegatto e Will Martins

Produção executiva: Guto Lima e Tatiana Glavam Silveira

Direção de produção: Carol Gesser

Direção de arte: Mônica Palazzo

Figurino: César Martins

Diretor de fotografia: Bruno Polidoro

Música original: Mateus Mira

Edição: Bruna Abubakir

Finalização: Max Laux

Preparação de elenco: Raquel Stüpp e Will Martins

Técnico de som: Leo Leonardo Costa Gomes

Desenho de som: Diego Gat

Edição de som: Leyla de la Hoz e Flavio Nogueira

Mixagem de som: Diego Gat e Flavio Nogueira

Estúdio de pós-produção e mixagem de som: Tauro Digital

Elenco: Johnnie Pacheco Avilla, Camilla Araujo, Emília Carmona, Andréa Buzato, Caio Cézar e Luciana Holanda

Para refletir:

Léo estava com muito medo de errar durante a dança, de não lembrar o que precisava ser feito. Estava preocupado também com o que as pessoas iriam pensar caso isso acontecesse. Sabia que é comum sentirmos medo de errar? Quando sentir isso, tente se lembrar que ninguém nasceu sabendo de todas as coisas, estamos sempre aprendendo e nesse processo é normal errar. E nem são só crianças que erram não, viu? Todas as pessoas têm muito que aprender, muito que errar, e com os adultos não é diferente!

Imagem: Divulgação.

Curiosidades:

Você reparou no título do curta-metragem que acabou de assistir? “No Fim da Trama” pode ser entendido como um trocadilho, um jogo de palavras. Trama é uma palavra daquelas que têm vários significados, que pode ser usada para dizer sobre mais de uma coisa. Quando está relacionada a histórias, significa uma sequência de acontecimentos, que é o que costumamos ver em vários filmes indicados aqui no Cineminha On-line, incluindo esse. Quando está relacionada à criação de tecidos, pode significar um conjunto de fios posicionados de determinado jeito ou o próprio tecido produzido a partir disso. 

A dança mostrada no filme tem tudo a ver com essa ideia de trama de tecido. O pau de fitas é uma dança bastante tradicional que surgiu na Europa e que hoje é praticada em vários países, inclusive aqui no Brasil. Em cada canto do país é conhecida de um jeito diferente, é dança das fitas, dança do mastro, dança da trança e muitos outros nomes. Por fazer parte de festividades diversas, o tipo de música que a acompanha também pode variar de acordo com os ritmos tradicionais da região ou do país em que é dançada. Mesmo com tantas variações, algumas coisas não mudam. A dança acontece em torno de um mastro com fitas fixadas, que são conduzidas por pessoas que se movimentam para trançá-las e depois se movimentam para desfazer o trançado, como se fizessem “o caminho ao contrário”.

Atividade:

Já que falamos sobre tramas, vamos produzir nossas próprias tramas de papel? Para isso você vai precisar de régua, tesoura, lápis e papéis de cores variadas. Pode ser até de páginas de revistas usadas ou retalhos. 

Materiais. Foto: Naiara Rocha.

Para facilitar, comece com uma folha inteira e faça a marcação de uma margem somente em um dos lados dela (isso pode ser feito dobrando a folha ou riscando com a ajuda da régua e do lápis). Essa margem não será cortada. Marque as tiras no sentido contrário da margem que você deixou e recorte-as até a linha da margem. Veja o esquema abaixo para entender melhor. Lembre-se de usar uma tesoura sem ponta. Se estiver com dificuldade para recortar, peça ajuda a um adulto. Reserve essa folha, que vai ser a base para a sua trama. 

Esquema de corte da folha base. Foto: Naiara Rocha.

Depois, corte tiras soltas com a largura semelhante à da folha base e da altura que desejar. Se preferir, você pode medir o papel antes com a ajuda da régua e traçar as linhas com o lápis, para só então recortar. As tiras podem ser iguais ou você pode também variar as alturas, as cores e os tipos de papel. 

Folha base e tiras já cortadas. Foto: Naiara Rocha.

Agora, você deve pegar cada uma das tiras recortadas e fazer o trançado passando-as pelos cortes da folha base. Uma hora a tira solta passa por cima, outra hora ela passa por baixo, e assim por diante, alternando até o fim da folha base. Também alterne de uma tira para outra: se uma tira passa por cima de um dos cortes, a tira seguinte passará por baixo. Vá ajeitando as tiras conforme for fazendo.

Trama em processo. Fotos: Naiara Rocha.

Ao alternar as cores, irá se formar uma trama bem colorida, como os tecidos com padrão xadrez, muito usados nas roupas de festas juninas. Quando acabar, você pode passar uma gotinha de cola em cada uma das pontas das tiras, para que sua trama fique firme e não se solte, além de recortar os excessos de papel. Você pode usar a trama para criar uma decoração em clima de festa junina ou o que mais quiser. Experimente também outras formas de alternar as tiras, para criar tramas com padrões diferentes, ou faça intervenções na trama pronta com materiais de desenho, para adicionar detalhes.

Trama finalizada. Foto: Naiara Rocha.

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Imagem: Divulgação.

Sobre as autoras:

Ana Luiza Emerich é licenciada em Artes Visuais, mestra em Artes, professora da Rede Estadual de Ensino, professora e mediadora na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.

Naiara Rocha é bacharel e licenciada em Artes Visuais, graduada em Pedagogia, professora da Rede Municipal de Educação/BH, mediadora e professora na Escola de Artes Visuais e na Escola de Tecnologia da Cena do Cefart – FCS.