CONCERTOS NO PARQUE | REGÊNCIA ROBERTO TIBIRIÇÁ

21/08/22

Parque Municipal Américo Renné Giannetti

Foto: Paulo Lacerda

 

Fundação Clóvis Salgado, por meio da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, realiza mais uma edição especial de uma de suas atividades mais aclamadas, a série Concertos no Parque. A apresentação acontece no dia 21 de agosto (domingo), às 10h, celebrando a importância de Villa-Lobos na contemporaneidade e homenageando os 100 anos da Semana de 22. O concerto conta com a regência do maestro convidado Roberto Tibiriçá, e tem como destaque do programa a execução de “Bachianas Brasileiras: 2 e 4“ e a obra “Floresta do Amazonas: Melodia Sentimental, da Floresta Amazônica“. O acesso é gratuito, mas é necessário realizar cadastro pelo Sympla.

 

João Pedro Teixeira

Além de Villa-Lobos, a apresentação conta com obras dos compositores Lorenzo Fernandez, Camargo Guarnieri, Sivuca e Alberto Nepomuceno, importantes influenciadores e propulsores do movimento modernista. O concerto contará com a participação dos solistas Robson Saquet (saxofone) e João Pedro Teixeira (acordeon), que executa “Rapsódia Gonzaguiana”, de Sivuca. “É uma grande honra participar pela primeira vez de um concerto junto à Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e poder interpretar arranjos do mestre Sivuca para canções do Luiz Gonzaga. Por tocar acordeon desde os sete anos, o Sivuca sempre foi uma influência muito grande em mim. Tive o privilégio de conviver de forma muito próxima com o Hermeto Pascoal, que era amigo do Sivuca e isso me aproximou ainda mais do mestre e multi-instrumentista paraibano”, conta o acordeonista João Pedro Teixeira.

Segundo o maestro Roberto Tibiriçá, “a Semana de 22 impactou de forma profunda a música no Brasil. Até aquele momento se tocava muitos compositores europeus. Ao subir ao palco do Theatro Municipal de São Paulo, Villa-Lobos rompeu com isso. O compositor carioca, ao lado de Camargo Guarnieri e tantos outros, mudaram o paradigma da influência europeia em nossa música“, explica Tibiriçá.

Com aproximadamente duas mil peças escritas, Villa-Lobos é considerado o compositor mais prolífico e importante do Brasil. “A música brasileira antes da Semana de 22 não era bem nacional. As referências eram o bolero, o tango, a valsa e principalmente a música europeia. Villa-Lobos mudou isso. As composições passaram a ter elementos da nossa cultura. Por exemplo, o violão foi incorporado em orquestrações. A linguagem se modificou e se tornou ainda mais rica”, aponta Roberto Tibiriçá.

 

A série Concertos no Parque é realizada pelo  Ministério do TurismoGoverno de Minas GeraisSecretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e pela Fundação Clóvis Salgado, e é orrealizada pela APPA – Arte e Cultura. Tem como apresentadora do Programa a Cemig, e como patrocinadores ArcellorMittalAngloGold AshantiUsiminas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o apoio do Instituto Usiminas.

 

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

 

 

PROGRAMA | CONCERTOS NO PARQUE

 

LORENZO FERNANDES

Batuque

 

CAMARGO GUARNIERI

Dança Brasileira

 

ALBERTO NEPOMUCENO

Batuque

 

VILLA-LOBOS

Bachianas Brasileiras 4:

Canto do Sertão

Cantiga

 

Floresta do Amazonas: Melodia Sentimental, da Floresta Amazônica

 

Bachianas Brasileiras 2:

Lembrança do Sertão

Trenzinho do Caipira

 

SIVUCA

Rapsódia Gonzaguiana – solista João Pedro Teixeira

Concerto Sinfônico para Asa Branca

 

Foto: Paulo Lacerda

 

ROBERTO TIBIRIÇÁ – REGENTE CONVIDADO – Natural de São Paulo, Roberto Tibiriçá já recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem teve a oportunidade de trabalhar durante 18 anos, depois de ter vencido o Concurso para Jovens Regentes da OSESP em duas edições seguidas. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa/Portugal) e, em 1994, tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004, foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobras Sinfônica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli (SP). Em 2010 assumiu como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, onde permaneceu até 2013. Foi também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas (SP), da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo (SP) e da Orquestra Sinfônica do SODRE, Montevidéu (Uruguai). No Rio de Janeiro foi eleito pela crítica como o Músico do Ano de 1995 e recebeu nesse Estado o Prêmio “Estácio de Sá”, por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Participou do Festival Martha Argerich, em Buenos Aires, por duas vezes, a convite da própria artista, em 2001 e 2004. Já há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar.Recebeu em 2010 e 2011 o XIII e XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico (por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli). Recebeu, ainda em 2011, a “Ordem do Ipiranga” (a mais alta honraria do Estado de São Paulo), a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek (outorgada pelo Governo de Minas Gerais) e o Prêmio APCA (Associação dos Críticos Musicais de São Paulo) como Melhor Regente (por seu trabalho com a Sinfônica Heliópolis e com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais). Ocupa a Cadeira Nº 5 da Academia Brasileira de Música e, em 11 de maio de 2018, tomou posse como Membro Honorário da Academia Nacional de Música, RJ.

 

 

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-Dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas e André Brant ocupa a função de regente assistente.

 

João Pedro Teixeira é músico, acordeonista e compositor. Bacharel em Acordeon pelo conservatório musical “Som Maior” do professor e Maestro Waldir Teixeira (2003-2007); Licenciado em Música pela Unespar-FAP. Acordeonista em trabalhos solo, duo, quarteto de cordas, solista de orquestra de cordas e orquestra sinfônica. Foi Professor de Acordeon na escola de música “Clave de Sol” com seu método “Acordeon Universal”; Professor de teoria musical no projeto “Cordas do Paraná”; Diretor musical no CTB “Centro de Tradições Brasileiras” Santa Mônica; Compositor e diretor musical no projeto “Pereira Galvão Vinicultura” Brasil/Portugal; Professor particular de Acordeom. Realizou a live “Hermeto Pascoal 85 Anos” no palco do Guairão – Curitiba, Junho/2021 e o Festival Acordeom Brasileiro – Curitiba, Dezembro/2022.

 

Foto: Paulo Lacerda

Robson Saquett é doutorando e mestre em música pela Universidade Federal de Minas Gerais. Foi aluno do renomado saxofonista brasileiro Dilson Florêncio, sob orientação do qual venceu em 2009 o XV concurso Jovem Solista da Orquestra Sinfônica da UFMG. Vem se apresentando constantemente como convidado junto às principais orquestras de Minas Gerais, com as quais tocou sob regência de maestros reconhecidos internacionalmente, tais como: Roberto Duarte (BRA), Fábio Mechetti (BRA), Silvio Viegas (BRA), Carl St. Clair (USA), Francesco La Vecchia (ITA), Ariel Zuckermann (ISR) e Rodolfo Fischer (CHI). Participou de Workshops e Masterclasses com importantes nomes do saxofone, tais como: Claude Delangle (FRA), Vicent Davi (FRA), Michel Supera (FRA), Marc Sieffert (FRA), Sergey Kolesov (RUS), Eduardo Neves (BRA), Spok (BRA) e Sérgio Galvão (BRA). Como solista, já se apresentou à frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG, interpretando obras de H. Villa-Lobos e Jacques Ibert. Atualmente, se apresenta constantemente como membro de formações orquestrais e de câmara, além de exercer cargo de professor na Escola de Música da UFMG, instituição na qual promove atividades voltadas para a divulgação do saxofone erudito.

Informações

Local

Parque Municipal Américo Renné Giannetti

Horário

10h

Informações para o público

(31) 3236-7400