Exposição “São José – o artesão”, em homenagem ao Dia do Artesão

20/03/24 - 31/03/24

Palácio da Liberdade

Foto: Paulo Lacerda

Ao longo dos anos, o Governo de Minas Gerais tem celebrado o Dia do Artesão, comemorado em 19 de março, dia de São José, com exposições temáticas, além de atividades que buscam a valorização, fortalecimento e desenvolvimento do artesanato mineiro. Para inaugurar a “7ª Semana do Artesão Mineiro”, a Fundação Clóvis Salgado, juntamente com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG) e Sebrae Minas, irá reeditar a exposição “São José – O Artesão”, que foi realizada em 2005 no Palácio das Artes, também em homenagem ao Dia do Artesão. A mostra ficará disponível para visitação no Palácio da Liberdade de 20 a 31/3, e conta com obras de artistas de todo o estado, nos mais diversos suportes e materiais. 

Em 2005, a exposição foi um sucesso, atraindo grande interesse dos artesãos mineiros. Neste ano, além de integrar a 7ª Semana do Artesão Mineiro, a nova edição da mostra “São José – O Artesão” faz parte da programação do projeto turístico “Minas Santa 2024”, uma ação do governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, que visa promover e celebrar as diversas tradições religiosas de Minas Gerais no período da Semana Santa.

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, a Fundação Clóvis Salgado e o Sebrae-MG apresentam a exposição “São José – O Artesão”O Palácio da Liberdade está aberto à visitação por meio do projeto “Descubra o Palácio – Projeto de Museografia e Visitação Pública ao Palácio da Liberdade”, financiado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e também por meio de Termo de Parceria com a APPA – Arte e Cultura. O patrocínio é da Copasa. Governo Federal. Brasil, União e Reconstrução. 

Obras refletem a diversidade mineira – As manifestações artísticas presentes na mostra são amplas e ocorrem nas mais diversas formas, como escultura, pintura, bordado e estandartes. As matérias-primas também são distintas: madeira, tinta, cerâmica, papel, tecido, entre outros. Para a execução da exposição, a Sede-MG, o Sebrae Minas e o Centro de Artesanato Mineiro fizeram um chamamento público para os interessados em participar da seleção de trabalhos em homenagem a São José, e mais de 100 artesãos de diversos municípios do estado manifestaram interesse. No Palácio da Liberdade, serão expostos cerca de 70 itens, feitos por 54 artistas de 32 cidades mineiras. Depois do período expositivo, as obras estarão à venda, mas também é possível reservá-las. 

Vinicius Rosa Rios, natural de Tiradentes, região central do estado, foi um dos artesãos selecionados. A escultura dele, uma representação de São José, foi feita utilizando latão velho, madeira e alguns detalhes com papel-machê. O avô de Vinicius, José Balbino Rosa, conhecido como Nanoia, era um marceneiro renomado na região e uma grande inspiração para o artista. 

“Meu avô foi um dos primeiros marceneiros de Tiradentes e também restaurava peças de igreja. Às vezes alguma peça estragava e ele fazia uma réplica de museu, ele restaurava de forma idêntica. Sou marceneiro, escultor, pintor e levo com muito orgulho a herança dessa veia artística do meu avô. Da família inteira, a única pessoa que segue insistindo na arte sou eu. Para mim é uma emoção poder homenagear meu avô através da arte dele e da arte de São José, e os dois coincidentemente chamam-se José. Então eu levo com muito orgulho essa tradição da arte na madeira, da tinta. Eu fiz a obra com muito amor e muito prazer, junto com minha esposa, Joelma, que é artesã também. Fizemos com todo carinho para homenagear o santo e meu avô, que me deu esse dom para mexer com a arte e com a madeira”, diz Vinicius.

Zulmar Antônio Silva, de Patos de Minas, no Triângulo Mineiro, é outro artesão que teve uma obra selecionada para participar da exposição. Ele, que tem deficiência visual, esculpiu, no tato, São José do Bom Descanso junto com o menino Jesus. “Como eu sou um artesão das antigas e muito devoto de São José, fiquei muito feliz em ter sido convidado e estar participando dessa homenagem ao santo. Pela dificuldade que eu tenho em poder esculpir, vocês não fazem ideia do tamanho da minha felicidade!”, conta o artista.

“A exposição é uma forma de celebrar a diversidade do artesanato mineiro. Queremos mostrar ao público a riqueza da arte popular de Minas Gerais. Esperamos que seja uma ótima experiência para os visitantes e que ajude a fortalecer ainda mais o vínculo entre a arte, a cultura e o povo de Minas Gerais”, diz Uiara Azevedo, Gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado.

Outras 45 obras foram direcionadas para a Vitrine Especial de São José, no Centro de Artesanato Mineiro, no Palácio das Artes. Elas foram feitas por 30 artistas diferentes, de 14 municípios de Minas Gerais, e todas estão disponíveis para venda imediata. Além da exposição “São José – O Artesão”, a Semana do Artesão promove diversas atividades de 19 a 22 de março em Belo Horizonte e em outros municípios mineiros. 

 

PALÁCIO DA LIBERDADE – Antigo local de trabalho do governador de Minas Gerais, agora sediado no Edifício Tiradentes. O Palácio também foi residência de diversos chefes do executivo estadual e sua construção data do fim do século XX. O prédio e os jardins são abertos à visitação pública gratuita. A edificação compõe o Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Informações

Local

Palácio da Liberdade

Horário

Quarta a Sexta: de 12h às 17:30h (última entrada às 17h) Sábados, domingos e feriados de 10h às 17h (última entrada às 16:30h)

Classificação

Livre

Informações para o público

(31) 3236-7400