NOVA DATA | SINFÔNICA AO MEIO-DIA: VILLA-LOBOS E O MODERNISMO

18/08/22

Grande Teatro Cemig Palácio das Artes| Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte

Foto: Paulo Lacerda

 

RETIRE SEUS INGRESSOS PARA O SINFÔNICA AO MEIO-DIA

 

Heitor Villa-Lobos entrou calmamente no palco do Theatro Municipal de São Paulo durante a Semana de Arte Moderna de 1922. De chinelos, sentou ao piano e, sob vaias e aplausos, ajudou a construir um novo lugar para a música brasileira no cenário mundial. Para evidenciar a importância do músico na contemporaneidade e celebrar os 100 anos da Semana de 22, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta gratuitamente mais uma edição da série Sinfônica ao Meio-dia, com obras do compositor carioca e outros expoentes modernistas nacionais. A primeira apresentação tem nova data:  dia 18 de agosto (quinta-feira), às 12h, e integra o programa O MODERNISMO EM MINAS GERAIS.

 

Os ingressos retirados são válidos para a nova data. 

 

A programação conta com a regência do maestro convidado Roberto Tibiriçá que, além de conduzir a orquestra, conversa com o público sobre a pujança do movimento modernista no país. “A Semana de 22 impactou de forma profunda a música no Brasil. Até aquele momento se tocava muitos compositores europeus. Ao subir ao palco do Theatro Municipal de São Paulo, Villa-Lobos rompeu com isso. O compositor carioca, ao lado de Camargo Guarnieri e tantos outros, mudaram o paradigma da influência europeia em nossa música“, explica Tibiriçá.

 

Com aproximadamente duas mil peças escritas, Villa-Lobos é considerado o compositor mais prolífico e importante do Brasil. “A música brasileira antes da Semana de 22 não era bem nacional. As referências eram o bolero, o tango, a valsa e principalmente a música europeia. Villa-Lobos mudou isso. As composições passaram a ter elementos da nossa cultura. Por exemplo, o violão foi incorporado em orquestrações. A linguagem se modificou e se tornou ainda mais rica”, aponta Roberto Tibiriçá.

 

O concerto que integra o programa O MODERNISMO EM MINAS GERAIS e o projeto SINFÔNICA AO MEIO-DIA revisita a obra do que é considerado o mestre do modernismo brasileiro: Heitor Villa-Lobos. O programa traz a execução de “Bachianas Brasileiras: 2 e 4“ e a obra “Floresta do Amazonas: Melodia Sentimental, da Floresta Amazônica“.

 

 

 

PROGRAMA

SINFÔNICA AO MEIO-DIA: VILLA-LOBOS E O MODERNISMO

 

VILLA-LOBOS

Bachianas Brasileiras 4:

Canto do Sertão

Cantiga

 

VILLA-LOBOS

Floresta do Amazonas:

Melodia Sentimental, da Floresta Amazônica

 

VILLA-LOBOS:

Bachianas Brasileiras 2:

Lembrança do Sertão

Trenzinho do Caipira

 

 

Foto: Paulo Lacerda

ROBERTO TIBIRIÇÁ – REGENTE CONVIDADO – Natural de São Paulo, Roberto Tibiriçá já recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem teve a oportunidade de trabalhar durante 18 anos, depois de ter vencido o Concurso para Jovens Regentes da OSESP em duas edições seguidas. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa/Portugal) e, em 1994, tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004, foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobras Sinfônica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli (SP). Em 2010 assumiu como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, onde permaneceu até 2013. Foi também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas (SP), da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo (SP) e da Orquestra Sinfônica do SODRE, Montevidéu (Uruguai). No Rio de Janeiro foi eleito pela crítica como o Músico do Ano de 1995 e recebeu nesse Estado o Prêmio “Estácio de Sá”, por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Participou do Festival Martha Argerich, em Buenos Aires, por duas vezes, a convite da própria artista, em 2001 e 2004. Já há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar.Recebeu em 2010 e 2011 o XIII e XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico (por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli). Recebeu, ainda em 2011, a “Ordem do Ipiranga” (a mais alta honraria do Estado de São Paulo), a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek (outorgada pelo Governo de Minas Gerais) e o Prêmio APCA (Associação dos Críticos Musicais de São Paulo) como Melhor Regente (por seu trabalho com a Sinfônica Heliópolis e com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais). Ocupa a Cadeira Nº 5 da Academia Brasileira de Música e, em 11 de maio de 2018, tomou posse como Membro Honorário da Academia Nacional de Música, RJ.

 

 

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-Dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas e André Brant ocupa a função de regente assistente.

 

O MODERNISMO EM MINAS GERAISO Modernismo como trajetória histórica e cultural é fonte rica e inesgotável: deve ser vivenciado, revisitado, apreciado e preservado. Com essa premissa, o programa O Modernismo em Minas Gerais reconstitui a trajetória do movimento artístico mais marcante do século XX no Brasil.

 

O projeto percorre o núcleo modernista formado em Minas Gerais, principalmente Belo Horizonte, a partir da década de 1920 e evidencia a participação dos mineiros no movimento e suas contribuições em nível nacional. O programa pretende fazer com que o público entre em contato com as contribuições dos artistas nas mais diversas expressões e linguagens culturais, bem como as consequências do movimento nos mais variados domínios da arte.

 

Entre os destaques da programação, estão: Ciclo de Debates, Saraus Modernistas, Espetáculos Musicais, Mostra de Cinema, lançamento de longa-metragem documental, Espetáculo de Dança, Concertos Sinfônicos, Mostra Fotográfica, Espetáculo Teatral e Publicações. A programação acontece até o fim deste ano nos espaços do Palácio das Artes.

 

MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS   – O Ministério Público de Minas Gerais é uma instituição responsável pela defesa de direitos dos cidadãos e dos interesses da sociedade. A finalidade de sua existência se concentra em três pilares: na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Como defensor da ordem jurídica, o Ministério Público é o fiscal da lei, ou seja, trabalha para que ela seja fielmente cumprida. Para tanto, possui autonomia funcional, administrativa e financeira, não fazendo parte nem estando subordinado aos Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário. Essa emancipação lhe proporciona um trabalho mais independente, para a garantia dos direitos da sociedade, em conformidade com o que está escrito na Constituição da República. O Ministério Público atua também para impedir ameaças ou violações à paz, à liberdade, às garantias e aos direitos descritos na Constituição. Nesses termos, tem a função de exigir que os Poderes Públicos respeitem esses direitos e garantias.

 

 

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Informações

Local

Grande Teatro Cemig Palácio das Artes| Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte

Horário

12h

Informações para o público

(31) 3236-7400