Fundação Clóvis Salgado e Prefeitura de Congonhas anunciam Termo de Fomento Cultural

publicado em 20 de junho 2024

Na tarde do dia 18 de junho, a Fundação Clóvis Salgado – FCS recebeu, na pessoa de seu presidente, Sérgio Rodrigo Reis, e toda a diretoria, grande comitiva de Congonhas, liderada pelo prefeito da cidade, que é Patrimônio Mundial, Dr. Cláudio “Dinho” Antônio de Souza, incluindo a primeira-dama, Libertad Lamarque Guerra Souza.

O motivo da visita não poderia ser mais auspicioso: o início das tratativas para a assinatura do Termo de Fomento Cultural entre a FCS, APPA – Cultura & Patrimônio, Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo – FUMCULT e Prefeitura de Congonhas.

Depois de breve e hospitaleiro café, o informal anúncio da assinatura do Termo, em breve; visita aos bastidores do Palácio das Artes; aplausos para trechos do ensaio, no palco do Grande Teatro, da Cia. de Dança Palácio das Artes – CDPA, para seu novo espetáculo, “Você Perto…”, e, fechando a programação, uma abertura! A da exposição “Devoção – Mas trazemos flores, prendas e rezas”, na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, na Praça Sete, outro “tentáculo” da FCS e do Circuito Liberdade.

A programação foi um preâmbulo da parceria entre a Fundação Clóvis Salgado e Congonhas, que conta com a participação da Appa, em virtude do Contrato de Gestão que a FCS mantém com a Entidade. Nos bastidores do Palácio das Artes, os convidados conheceram o ventre onde está sendo gerada a nova e inédita ópera do Palácio das Artes, “Devoção”. Ópera que, abrindo a temporada 2024, terá pré-estreia, dia 13 de julho, no cenário original da trama, que conta a saga da construção do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. E mais! A exposição, “Devoção – Mas trazemos flores, prendas e rezas”, também registra a cidade com fotos de seu famoso Jubileu, das romarias, dos devotos, da Sala de Ex-Votos e claro, dos profetas de Aleijadinho. É o universo conspirando a favor da parceria.

O presidente da FCS, Sérgio Rodrigo Reis, ele mesmo natural de Congonhas, desfiou, sem disfarçar a emoção, a gama de vantagens para a Fundação e para Congonhas. Lamentou ser humanamente impossível atender, como gostaria, todas as cidades de Minas, com a rica e variada programação anual do Palácio das Artes, grande até para os 365 dias do ano, na capital. Mesmo assim, lembrou as óperas “Aleijadinho” (2022), em Ouro Preto, e “Matraga” (2023), que teve pré-estreia na Gruta do Maquiné, em Cordisburgo. Lembrou também a frutuosa e recente parceria com a vizinha Nova Lima, cidade que, como Congonhas e Ouro Preto, tem a vantagem da proximidade com Belo Horizonte: “Um momento muito especial. Sou suspeito para falar, porque cresci vendo aquele Santuário que modifica nossa vida, olhar e alma; ambiente de fé, devoção, promessa e milagre. A ópera ‘Devoção’, por exemplo, que também abre o Festival de Inverno, é inspirada no povo e na cidade de Congonhas. Movimentou quase 600 pessoas, aqui e lá, às quais agradeço muito; na verdade é uma grande homenagem ao povo e ao estado de Minas Gerais”.

O prefeito Cláudio Antônio de Souza, não menos emocionado, declarou: “Congonhas, com tanta história e importância em Minas gerais, se sente muito honrada de fazer parte da agenda da Fundação Clóvis Salgado. Essa parceria, esse convênio, nos coloca no radar da Fundação, um acontecimento grandioso que resgata nossa tradição artística e suas manifestações culturais. Além de Patrimônio Histórico Mundial, Congonhas também pode reconquistar o título de Capital Estadual da Fé e da Devoção. Ainda queremos recuperar este título. Essa parceria, a começar com a ópera, pode ajudar muito”.

O secretário de Cultura, Lazer, Esporte, Eventos e Turismo de Congonhas, Jean Ângelo de Oliveira, também expressou sua felicidade: “quando soube da ópera, fiquei encantado com esse projeto desafiador. Congonhas está de portas abertas, não só para esse evento, mas mais ainda para tudo o que essa parceria pode trazer”.

O Termo de Fomento será viabilizado por meio de recursos orçamentários e financeiros da Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo – FUMCULT e será assinado por sua presidente, Parte superior do formulário

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Lana Mércia Brazil Dias de Castro: “Depois de tantas trocas e consultas, será uma parceria promissora, principalmente porque estamos inaugurando mais dois espaços culturais na cidade, um recuperado, depois de oito anos fechado, outro novo. Essa parceria demorou, mas chegou na hora certa porque tudo tem uma hora certa; com toda a equipe e o apoio que tivemos em Congonhas e Belo Horizonte”.  

Fazendo coro, a presidente da Academia de Ciências, Letras e Artes de Congonhas – ACLAC, Cida Resende: “Essa parceria, para a Academia, é um orgulho, uma satisfação. Divulgar cultura e conhecimento é um prazer. E isso fica enraizado. O que se vê, sente e vive fica conosco e vai falando. O conhecimento vai passando às gerações. Parabéns. Também sou suspeita para falar, mas em Congonhas crescemos respirando religiosidade, história, cultura e beleza. O Barroco está ali, colorido”.

O presidente da APPA – Cultura & Patrimônio, Xavier Vieira, lembrou a parceria de 31 anos com a FCS: “Quando a Fundação busca e consegue parcerias, para compartilhar o conhecimento da alta qualidade que produz, desafia, provoca e evolui a própria casa, se reinventando para aprender e ensinar, movendo a Economia Criativa. Parabéns”.

A fala de Xavier Vieira suscitou outra importante reflexão de Sérgio Rodrigo Reis que se dirigiu ao prefeito: “A economia da cultura movimenta a economia da cidade inteira. Desde alguém que vai ao posto de gasolina até quem vai cozinhar, passando por hotéis, bares, restaurantes e o comércio em geral”.

Para a regente titular, que é paulista, Ligia Amadio, a primeira mulher a conduzir a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – OSMG, que lota o Palácio das Artes em seus concertos, e vai reger a orquestra dentro do Santuário, “é um prazer, uma honra estar nesta mesa. Uma delícia! Estou muito feliz de fazer essa grande estreia em Congonhas, uma cidade que frequento desde a adolescência. Estar agora, envolvida nesse projeto tão importante, que conta a história de Minas Gerais, através da arte, me deixa muito honrada e estimulada”.

E como uma ópera é a junção de todas as artes, um teatro cantado, quando a casa se une para fazer o projeto, a reunião foi encerrada pela diretora artística da FCS, Cláudia Malta: “é uma linguagem múltipla porque envolve cenário, figurinos, música cantada e tocada; a dança, a luz; tudo isso para contar uma história. A história de um português que veio explorar o ouro em Minas, não em qualquer lugar, mas em Congonhas, com fé, devoção, promessa e, por fim, milagre”.

E provando que o mundo dá voltas, finda a programação, o prefeito de Congonhas, Cláudio Antônio de Souza, provou a vocação da cidade onde toda família tem um artista. Médico por formação, prefeito por motivação; na juventude, estudou piano na Escola Cantorum da Fundação Palácio das Artes, hoje, Fundação Clóvis Salgado.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.