Fundação Clóvis Salgado promove curso de Libras para capacitar servidores envolvidos no atendimento ao público

publicado em 27 de julho 2023

Iniciativa reúne funcionários de diversos setores da instituição, com foco na melhoria do atendimento às pessoas com deficiência

A Fundação Clóvis Salgado promove, até o dia 1º de agosto (terça-feira), um curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para capacitar seus servidores e funcionários envolvidos no atendimento direto ao público. Realizado sempre entre as 14h e as 15h30, o curso “Libras: Introdução no Contexto da Recepção” começou em 25 de julho (terça-feira), com aulas em dias alternados para as duas turmas que foram abertas. A iniciativa é focada em setores como Limpeza e Segurança, mas tem recebido alunos de outras áreas da instituição, como Manutenção e Administração. Os encontros acontecem nas dependências do Cefart (Centro de Formação Artística e Tecnológica), no Palácio das Artes, e são conduzidos por Léia Araújo, servidora da escola e estudante de Libras.

A funcionária foi quem propôs o curso, e conta que as diretorias do Cefart e da Fundação Clóvis Salgado ofereceram apoio total. Ela destaca que, a partir do momento em que começou a aprender a Língua Brasileira de Sinais, tem tido um olhar diferenciado em relação às demandas de pessoas surdas. “O que ocorre, na maioria das vezes, é que as pessoas com deficiência ou são acompanhadas por alguém, ou ficam à parte, quando chegam a um espaço que não oferece esse atendimento específico, e isso prejudica as relações e a comunicação. Então o objetivo maior do curso é que seguranças, auxiliares de limpeza e outros profissionais que estão na linha de frente do atendimento sejam capazes de fazer essa abordagem mínima, dando por exemplo um ‘Bom dia’, ou respondendo a uma dúvida que o visitante tiver. Eu estou muito feliz com a receptividade que o curso tem tido. As pessoas não estão vindo por um senso de obrigação, mas realmente com vontade de aprender”, celebra Léia Araújo.

O curso acontece na Sala de Vídeo do Cefart, e vem reunindo dezenas de pessoas diariamente, em aulas descontraídas que introduzem aos alunos alguns dos principais conceitos e expressões utilizados pela população surda. A servidora Maria do Socorro Sá, que trabalha no atendimento aos alunos do Centro de Formação, conta que o curso a surpreendeu. “Eu pensava que o que iria aprender estaria muito distante da minha realidade, mas, depois da primeira aula, já saí muito interessada. O que estamos aprendendo aqui abre uma janela de conhecimento, e conhecimento nunca é demais”, reflete.

A segurança Rosângela Borges, que trabalha no Palácio das Artes, também afirma que o curso tem auxiliado significativamente em sua comunicação interpessoal. “Essas aulas têm servido para me deixar mais segura, porque agora estou aperfeiçoando a capacidade de acolher as pessoas que vêm aqui. Abriu um leque de conhecimento, e isso é para a vida toda”, opina.