“Sarau Caminhos da Arte” encanta o público em Brumadinho

Encerramento do 3º ciclo do programa na cidade contou com programação aberta ao público, apresentações artísticas e feirinha de produtos locais

O coral infanto-juvenil do Cefart abriu o evento com a boa música popular brasileira

Um dia emocionante, animado e cheio de afeto. No último sábado (28 de maio), o “Sarau Caminhos da Arte” reuniu diferentes linguagens artísticas para celebrar o encerramento do 3° ciclo do programa, que marca a presença da Fundação Clóvis Salgado, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, em Brumadinho (MG).

No encontro, realizado na Estação Cidadania, houve uma solenidade que contou com as presenças de Igor Arci, Subsecretário de Estado de Cultura de Minas Gerais; de Eliane Parreiras, Presidente da Fundação Clóvis Salgado; de Marta Guerra, Diretora do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart; além de autoridades brumadinhenses, como o Secretário Municipal de Turismo e Cultura da cidade, Marcos Paulo Amabis, e o Chefe de Gabinete da Prefeitura, Nery Braga.

A programação também contou com uma feirinha de produtos locais, atrações infantis, participação do Coral Infantojuvenil do Cefart, além das várias apresentações artísticas dos alunos das oficinas de “DJ”, “Grafite”, “Iluminação”, “Design de Moda”, “Sonorização”, “Contação de Histórias”, “Dança de Salão” e “Interpretação para TV e Cinema”. Os formandos tiveram espaço e oportunidade para demonstrar seus talentos e trocar experiências com a comunidade.

Milena Biano, aluna da oficina de Design de Moda, após meses de estudo, foi uma das estudantes que expôs seu trabalho para o público. Ela e sua turma, com orientação do professor Aldo Clécius, fizeram um desfile de moda com peças e acessórios produzidos por eles. “É uma realização muito grande fazer parte dessa iniciativa. O programa ampliou meus horizontes, mostrou que é possível estudar moda e exercer meu lado criativo. Desde criança eu sonho com isso e essa foi a primeira vez que cheguei bem pertinho do meu sonho”, revela Milena.

E não foram apenas os alunos que saíram dessa experiência com a bagagem recheada de aprendizados. Luciano Luppi, professor de Contação de Histórias e Interpretação para TV e cinema, conta que precisou se reinventar para atender às demandas dos estudantes. “Uma frase do Guimarães Rosa define bem como foi a experiência de participar do programa para mim: ‘Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.’ Como professor, percebi que os alunos queriam ir além, viver uma experiência completa de interpretação, então, repensei minhas aulas, busquei propor atividades que os instigassem. E o resultado foi incrível! Tenho muito orgulho do caminho que traçamos”.

Orgulho e gratidão foram sentimentos compartilhados durante o evento. Afinal, essa etapa do programa só foi possível graças à dedicação de todos os envolvidos: produção, professores, alunos, apoiadores, patrocinadores e, como não poderia deixar de ser, de toda a comunidade de Brumadinho que apoiou a iniciativa desde o seu processo de estruturação até o seu momento final, simbolizado pela realização do Sarau.

Arte que inspira, transforma e liberta

Nesta terceira etapa do programa a proposta foi que os alunos explorassem ao máximo as potencialidades da arte e da cultura como ferramentas de desenvolvimento humano e social, de maneira coletiva e cada vez mais próxima. “O Caminhos da Arte foi criado para que os alunos pudessem se desenvolver tanto artisticamente – descobrindo novas formas de expressão e talentos -, como para ser também uma oportunidade geradora de renda. O nosso objetivo foi fazer com que eles levassem do curso algo permanente, que ampliasse os horizontes e que, consequentemente, os aproximasse do sentimento de pertencimento e comunidade. E para isso o contato presencial foi fundamental”, explica Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado.