LC BARRETO - 60 Anos Filmando o Brasil

11/08/23 - 24/08/23

Cine Humberto Mauro

Sessenta anos de Brasil pelas lentes de uma das produtoras mais importantes do país. É com esta proposta que o Cine Humberto Mauro recebe, de 11 (sexta-feira) a 24 de agosto (quinta-feira), a mostra LC Barreto – 60 Anos Filmando o Brasil. Fundada em 7 de maio de 1963, a LC Barreto já lançou mais de 150 filmes, e é responsável por clássicos da cinematografia nacional, como Vidas Secas (1963), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), O Beijo no Asfalto (1981) e O Que é Isso, Companheiro? (1997). A programação conta com sessões online e presenciais, com alguns filmes exibidos em película e convidados especiais, como Lucy Barreto, uma das responsáveis pela produtora, além de pesquisadores, realizadores e especialistas que participarão de debates e discussões. As sessões são gratuitas, com retirada de ingresso a partir de 1 hora antes da exibição, e têm classificação variável, de acordo com cada filme.

 

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

SINOPSES [FILMES EXIBIDOS PRESENCIALMENTE NO CINE] 

SINOPSES [FILMES DISPONÍVEIS NA PLATAFORMA CINE HUMBERTO MAURO]

 

O conjunto de trabalho da LC Barreto é caracterizado pela qualidade técnica e artística, pela diversidade de temas e pela busca por retratar o Brasil de forma autêntica. São 60 anos filmando o país, suas histórias, e suas peculiaridades. A mostra surge como uma oportunidade de o público ver, ou rever, na tela do cinema, alguns exemplares do legado dessa importante produtora. LC Barreto – 60 Anos Filmando o Brasil conta com uma seleção plural de filmes, que representam diferentes fases da companhia, desde suas primeiras obras até produções mais recentes. As sessões são também uma oportunidade para discutir a importância do cinema nacional e o papel da LC Barreto na construção da cinematografia do país. A produtora foi fundamental no movimento Cinema Novo, que transformou o cinema brasileiro na década de 1960.

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra LC Barreto – 60 Anos Filmando o Brasil. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Trajetória que se confunde com a História do Cinema Brasileiro – Mesmo passando boa parte de sua carreira na função de produtor, o cearense Luiz Carlos Barreto também é lembrado pela direção de fotografia do filme Vidas Secas, dirigido por Nelson Pereira dos Santos e que divide com a produtora LC Barreto o aniversário de 60 anos em 2023. O trabalho de Luiz Carlos Barreto na produção e cinematografia desta obra é celebrado até hoje por ter revolucionado o estilo fotográfico dos filmes brasileiros. Adaptação do clássico homônimo de Graciliano Ramos e um marco do Cinema Novo, a trama aborda a história de Fabiano e sua família, que partem pelo sertão em busca de uma vida melhor. 

Desde esse primeiro filme, a LC Barreto tem se consolidado no mercado cinematográfico brasileiro e alcançado sucesso mundial. Vitor Miranda, Gerente do Cine Humberto Mauro, destaca a importância e singularidade da companhia. “A LC Barreto é, sem dúvida, uma das principais produtoras do país, além de uma das que está há mais tempo em atividade. Isso é algo louvável no cinema brasileiro, que já passou por muitas fases diferentes de esquemas de produção. A LC Barreto tem uma carreira que vem dos anos 1960, com filmes do Cinema Novo, produções junto à Embrafilme, além de obras que estão dentro da chamada Retomada do Cinema Brasileiro, na segunda metade dos anos 90, e atualmente é uma presença muito forte em filmes de comédia, com atores e atrizes muito conhecidos. É uma trajetória pouco antes vista no cinema brasileiro, principalmente levando em consideração que se trata de uma família”, ressalta.

Nos bastidores da produtora – Além de Luiz Carlos Barreto, que dá nome à companhia, a LC Barreto contou, ao longo dos anos, com a participação de diversos outros membros da família, especialmente de Lucy Barreto, sua companheira de trabalho e de vida. Hoje internacionalmente consagrada, a mineira de Uberlândia já produziu 30 longas-metragens e 15 curtas, ao longo de uma trajetória cinematográfica iniciada nos sets de Vidas Secas. Paula Barreto, filha de Luiz Carlos e Lucy, também é outra parceria criativa muito recorrente. Já os dois filhos do casal se tornaram diretores bem-sucedidos. Nesta função, Fábio Barreto – falecido recentemente – deixou obras importantes para a História do Cinema Brasileiro, como o drama de época O Quatrilho (1995), primeiro filme da produtora indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1996. A segunda indicação viria apenas dois anos depois, com O Que é Isso, Companheiro?, realizado por Bruno Barreto, responsável também por obras como O Beijo No Asfalto, além do estrondoso sucesso comercial Dona Flor e Seus Dois Maridos. Diversos outros diretores muito consagrados também trabalharam nos filmes da produtora, como Nelson Pereira dos Santos, Marco Altberg, Walter Lima Jr., Joaquim Pedro de Andrade e Cacá Diegues. 

O público que comparecer às sessões no Cine Humberto Mauro poderá fazer um mergulho na história da produtora. Dentre os convidados especiais que a mostra irá receber para debates e discussões está a própria Lucy Barreto. Vitor Miranda reafirma a relevância da LC Barreto para o cinema brasileiro, e enfatiza como esta será uma oportunidade de conhecer os detalhes de alguns dos maiores clássicos da cinematografia nacional. “Foi uma produtora muito versátil, que explorou muitas vertentes, temas e gêneros diferentes, sempre acompanhando o zeitgeist do cinema nacional. Nesses 60 anos, em todas as décadas nós temos filmes marcantes para a História do Cinema Brasileiro, e que foram sucesso, destacando, claro, Dona Flor e Seus Dois Maridos, que é uma das principais bilheterias do nosso cinema. Então é uma produtora que sempre esteve presente no que de maior destaque foi feito no Brasil durante esses 60 anos. Na mostra vamos conseguir fazer essas reflexões, de forma qualitativa, especialmente com a presença da Lucy Barreto, além dos críticos que convidamos para contribuir com a mostra, e também com os comentários que vamos ter aqui”, salienta.

 

Na superfície dos filmes – Ao todo, seis filmes serão exibidos na mostra em seu formato original, a película 35mm. A projeção de obras neste suporte tem uma importância histórica e conceitual significativa, conectando o público às raízes do cinema, preservando o artesanato cinematográfico e mantendo viva a memória coletiva dos fundamentos da exibição audiovisual. “Creio que isso agrega muito à experiência do espectador, tanto em termos de qualidade de som e imagem, como também pela imersão na realidade do Brasil daquela época. Presencialmente nós escolhemos muitos dos filmes mais antigos da produtora, porque é um papel do Cine Humberto Mauro resgatar esses cinemas que são pouco vistos e já considerados clássicos”, afirma Vitor Miranda.

Exibições online gratuitas – Valorizando o equilíbrio entre a preservação das tradições cinematográficas e a adoção de novas tecnologias que aprimoram a experiência para um público mais amplo, alguns dos mais marcantes filmes de comédia da produtora serão disponibilizados gratuitamente, de forma virtual, na plataforma online cinehumbertomauroMais. Serão 12 filmes deste gênero cinematográfico, com o qual a produtora tem muita afinidade, que poderão ser assistidos durante todo o período da mostra, sendo que sete deles serão exibidos exclusivamente por lá.  Vitor Miranda afirma que a diversidade de obras, formatos e pessoas envolvidas na mostra proporcionará um ambiente rico em debates. “Os espectadores vão conseguir ter essa perspectiva histórica muito clara, tanto nas exibições presenciais quanto nas sessões da plataforma – que vai ter um conjunto especial de filmes, muitos dos quais não serão exibidos presencialmente –, além dos textos que vamos publicar. Acho que vai ser uma oportunidade de construir em conjunto esse pensamento, com o público e nossos convidados, sobre o trabalho desta produtora, que é uma das maiores do Brasil”, reflete.

CINE HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som dolby digital e para exibição de filmes em 3D e 4K. Nestes 43 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como à criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento. O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise e Curta a Tela, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

LC BARRETO – 60 Anos Filmando o Brasil
11 a 24 de agosto de 2023
PROGRAMAÇÃO

 

11/08 SEX
0h SESSÃO DA MEIA NOITE | Pink Flamingos (John Waters, EUA, 1972) | 18 anos | 1h33
17h Menino do Rio (Antônio Calmon, BRA, 1982) | 14 anos | 1h44
19h30 HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto, BRA, 1976) | Exibição em 35mm | 18 anos | 1h50 | Sessão com a presença de Lucy Barreto e comentários de Rodrigo Sampaio e Gabriel Matavel

12/08 SAB
18h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | O Quatrilho (Fábio Barreto, BRA, 1995) | Livre | 1h53 | Sessão com a presença de Lucy Barreto e comentários de Laura Godoy
20h45 Grupo Corpo 30 Anos – Uma Família Brasileira (Lucy Barreto, Fabio Barreto, Marcelo Santiago, BRA, 2006) | Livre | 1h18

13/08 DOM
18h Bye Bye Brasil (Carlos Diegues, FRA-BRA-ARG, 1980) | Exibição em 35mm | 18 anos | 1h41
20h O Que É Isso, Companheiro? (Bruno Barreto, BRA-USA, 1997) |Exibição em 35mm | 14 anos | 1h50 

14/08 SEG
15h Isto É Pelé (Eduardo Escorel, Luiz Carlos Barreto, BRA, 1974) | Livre | 1h09
17h Garrincha, Alegria do Povo (Joaquim Pedro de Andrade, BRA, 1962) | Livre | 1h
19h O Beijo No Asfalto (Bruno Barreto, BRA, 1981) | 16 anos | 1h20 

15/08 TER
15h Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos, BRA, 1963) | Livre | 1h43
17h Inocência (Walter Lima Jr., BRA, 1983) | Exibição em 35mm | 14 anos | 1h57
19h30 Memórias do Cárcere (Nelson Pereira dos Santos, BRA, 1984) | 14 anos | 3h05

16/08 QUA
15h Bye Bye Brasil (Carlos Diegues, FRA-BRA-ARG, 1980) | 18 anos | 1h41
17h Sonhos e Desejos (Marcelo Santiago, BRA, 2006) | 16 anos | 1h35
19h Romance Da Empregada (Bruno Barreto, BRA, 1988) | 18 anos | 1h30

17/08 QUI
15h Grupo Corpo 30 Anos – Uma Família Brasileira (Lucy Barreto, Fabio Barreto, Marcelo Santiago, BRA, 2006) | Livre | 1h18
17h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | O Homem Que Desafiou o Diabo (Moacyr Góes, BRA, 2007) | 16 anos | 1h46| Sessão comentada por Ewerton Belico, curador, educador, roteirista e diretor
19h45 O Beijo No Asfalto (Bruno Barreto, BRA, 1981) | 16 anos | 1h20

18/08 SEX
15h O Quatrilho (Fábio Barreto, BRA, 1995) | Livre | 1h53
17h15 Lição de Amor (Eduardo Escorel, BRA, 1975) |Exibição em 35mm | 16 anos | 1h25
19h30 CINEMA E PSICANÁLISE | Ele, o Boto (Walter Lima Jr., BRA, 1987) | Exibição em 35mm | 16 anos | 1h50 | Sessão comentada por Maria de Fátima Ferreira – Psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise

19/08 SAB
18h Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos, BRA, 1963) | Livre | 1h43
20h O Que É Isso, Companheiro? (Bruno Barreto, BRA-USA, 1997) | 14 anos | 1h50

20/08 DOM
18h Menino do Rio (Antônio Calmon, BRA, 1982) | 14 anos | 1h44
20h Memórias do Cárcere (Nelson Pereira dos Santos, BRA, 1984) | 14 anos | 3h05

22/08 TER
16h Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto, BRA, 1976) | 18 anos | 1h50
18h Romance Da Empregada (Bruno Barreto, BRA, 1988) | 18 anos | 1h30
20h Sonhos e Desejos (Marcelo Santiago, BRA, 2006) | 16 anos | 1h35

23/08 QUA
15h Lição de Amor (Eduardo Escorel, BRA, 1975) |Exibição em 35mm | 16 anos | 1h25
17h Ele, o Boto (Walter Lima Jr.,BRA, 1987) | Exibição em 35mm | 16 anos | 1h50
19h15 Inocência (Walter Lima Jr., BRA, 1983) | Exibição em 35mm | 14 anos | 1h57 

24/08 QUI
16h Garrincha, Alegria do Povo (Joaquim Pedro de Andrade, BRA, 1962) | Livre | 1h
17h30 Isto É Pelé (Eduardo Escorel, Luiz Carlos Barreto, BRA, 1974) | Livre | 1h9
19h30 CINEMA MINEIRO EM CARTAZ | Lutar, Lutar, Lutar (Sérgio Borges, Helvécio Marins Jr., BRA-MG, 2021) | 12 anos | 1h50 | Texto crítico disponível na plataforma CineHumbertoMauroMais

Informações

Local

Cine Humberto Mauro

Informações para o público

(31) 3236-7400