Palavras-chave: arte contemporânea, inventário, Brasil.
Bora falar de arte?
Ao longo de duas edições, o Bora tratou da arte e suas relações com o cotidiano, sistematizando para isso uma catalogação de alguns artistas contemporâneos por meio de um inventário. A cada edição é escolhido um eixo temático para as produções. Em 2020 – 2021, o objeto estético foi o viés das pesquisas. Já em 2021 – 2022, foi o alfabeto de artistas. Agora, para iniciar mais uma edição do Bora falar de arte? – a terceira – falaremos sobre os estados brasileiros.
A escolha desse tema se dá devido ao Centenário da Semana de Arte Moderna. Com o projeto de conhecer o Brasil, o Modernismo investigou, em sua fase inicial, a cultura local, viajando pelo território brasileiro a fim de tomar consciência de suas raízes. O Bora, em sua terceira edição, percorrerá os estados. Seguindo a linha do alfabeto, faremos o inventário a partir da letra inicial dos nomes dos estados. Pesquisaremos coletivos artísticos, exposições, processos artísticos e artistas. Essa edição abre-se a mais possibilidades de se descobrir e, com isso, mapear e apresentar a vocês a diversidade de criações artísticas contemporâneas que são produzidas no Brasil.
Antes disso, vamos nos lembrar dos artistas da segunda edição do Bora e das palavras que foram a linha poética de seus processos. O inventário do Bora tem se constituído em constelações de imagens. Os artistas reverberam em seus processos poéticos um universo no qual podemos conhecer, experimentar e pensar.
Arthur Bispo do Rosário Brígida Baltar Carmela Gross Danielle Fonseca Esther az Fernanda Gomes Gê Viana Helena Trindade Iris Helena Juliana Gontijo Keila Sankofa Luciana Magno Maré de Matos Natália Rezende Opavivará! Poro Qualquer Quoletivo Rosângela Rennó Sara Ramo Tarsila do Amaral & Thereza Portes Ursula Tautz Virginia de Medeiros Wanatta Rodrigues Xepa Yhuri Cruz Zaika dos Santos.
Pesquisar os processos artísticos e criar imagens – conceitos para a escrita das publicações do Bora passa por um trabalho curatorial e sensível, pois, além da escrita sobre os artistas, a produção das imagens atravessa as experiências do corpo a fim de materializar essas poéticas; um exercício que envolve descobertas, inseguranças e reelaborações. Construir, com isso, um pequeno-grande inventário, acreditando cada vez mais que O museu é o mundo e que – nas horas ligeiras do cotidiano – também podemos acontecer em estados de poesia, ainda que seja só por alguns segundos.
Na próxima publicação, nosso convite continua em aberto: Bora falar de arte? Lembre-se de acompanhar as redes sociais da Fundação Clóvis Salgado para se manter atualizado sobre a arte contemporânea!
Sobre as autoras:
Daniela Parampal é bacharel e licenciada em Artes Visuais, artista visual, professora e mediadora cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.
Mara Tavares é licenciada em Letras, mestra em Artes, professora e mediadora cultural na Escola de Artes Visuais do Cefart – FCS.